quinta-feira, 31 de março de 2011

Não é segredo para ninguém que desde há algum tempo que considero Francisco Assis um político brilhante. Não só pela sua capacidade oratória - de muita importância mas não fundamental - mas sobretudo pelo seu poder de análise e uma vasta cultura que lhe permite discutir política no seu estado mais puro. Transpondo para o PSD, diria que é alguém como Rangel, até pelo percurso europeu. Algo que todos se devem lembrar de Assis é o episódio de Felgueiras onde, contra tudo e contra todos, foi à luta e perdeu para uns militantes viciados e facciosos. Nesse momento mostrou uma seriedade inabalável: lutou contra o PS porque para si os princípios éticos e morais devem estar acima do resto. O que me espanta em Francisco Assis é a sua posição desde a última semana de campanha presidencial onde abandonou parte dos seus princípios para se juntar ao PS "de Felgueiras" que é radical, populista, que governa por conta e risco, que não fala verdade ao povo. Espanta-me esse Assis. A defesa exagerada que fez a Sócrates no dia da votação do PEC IV e, na mesma onda, a sua declaração do hoje após a intervenção do Presidente da República são completamente descabidas do Pensador de Amarante e entram na perfeição na propaganda socialista. Sou dos que acredita que os políticos têm, acima de qualquer ideologia, princípios; espero que Francisco Assis retome os dele, que muita falta vão fazer ao país depois das eleições.

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