segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Resoluções para 2013 - o lado local

Como não poderia deixar ser, por último,a minha amada terra: Oliveira de Azeméis.
De forma genérica, o que pretendo para 2013, em Oliveira de Azeméis, é:


  • A vitória do PSD, de Hermínio Loureiro e da sua equipa nas autárquicas. Digo-o claramente porque além de todo o trabalho desenvolvido até agora - poder-se-á ver aqui ou, então, pela execução das promessas eleitorais que, apesar das grandes dificuldades económicas que o país atravessa, têm sido sobejamente cumpridas - é necessário dar continuidade ao mesmo. Oliveira de Azeméis, de 2009 para cá, cresceu qualitativamente: mostrou-se ( a autarquia e as empresas, através de eventos, promoções, presença junto dos centros de decisão) e atraiu mais investimento nas mais variadas áreas económicas, permitindo que a condição de vida dos oliveirenses permaneça, nesta altura, estável.
  • Com a vitória do PSD desejo, como é óbvio, a derrota do PS e demais forças da oposição. Contudo, espero uma derrota digna, espero uma derrota após uma campanha onde se discuta política, se discuta o essencial para os oliveirenses e não o assessório. Infelizmente não é isso que o PS oliveirense nos habituou... com muita pena minha. Na oposição à edilidade de Oliveira de Azeméis, por vezes, surgem delfins, pequenos lobos, que vão servir uma ovelha; e, por isso, aos socialistas digo: deixem o PS ser forte, deixem de lado quem só sabe perder eleições de forma repetida e consecutiva e apostem nas novas ideias. Com um executivo e uma oposição fortes, os oliveirenses só têm a ganhar. Se as coisas continuarem como estão, com uma Câmara forte e uma oposição fraca, todos perdemos.

Resoluções para 2013 - o lado nacional

No ponto de vista nacional, as minhas resoluções são:


  • que Passos Coelho demita Relvas, Gaspar e Cristas, que demita - se é que se pode aplicar o termo - António Borges, que aumente o número de ministérios por forma a que todos os dossiers sejam devidamente acompanhados. Ou,
  • como anteriormente disse aqui, que Cavaco Silva chame a si a responsabilidade de formar um governo. Seria a forma mais responsável de devolver dignamente seriedade política aos portugueses: mantendo os resultados eleitorais de 2011 mas com um governo abrangente, incorporando todas as forças políticas que assinaram o memorando de entendimento com a Troika. Poderíamos ter um Governo constituído pelos três líderes dos partidos democráticos, salvaguardando que seriam Ministro sem  Pasta. Depois, mais 14 ou 15 pessoas com a responsabilidade de devolverem a dignidade a Portugal e aos portugueses. Poderiam ser Manuela Ferreira Leite, Miguel Cadilhe, Francisco Assis, Vítor Ramalho, Luís Amado, Bagão Felix, Pires de Lima, Rui Rio, Luís Marques Mendes, Jorge Moreira da Silva, Teresa Patrício Gouveia, Rui Moreira, António Lobo Xavier, Leonor Beleza ou Silva Peneda. Ou,
  •  que Paulo Portas - pensando que poderá ganhar mais em termos autárquicos se não estiver governamentalmente coligado - saia do Governo e acabe com a coligação. Nessa altura, qualquer um dos partidos da oposição irá apresentar uma Moção de Censura ao Governo e este, na mesma hora, cai. Este momento poderá ser uma lufada de ar fresco, uma espécie de revolta partidária que terá que começar no interior dos partidos*.
  • Independentemente dos governantes que tivermos em 2013, que estes tenham a sensatez de saber que é necessário pagar a nossa divida mas que tenham a mesma sensatez de pensarem que não há economia se não existir "quem venda e quem compre".
  • Em Portugal vive-se como se fosse dentro de um tubo de ensaio económico em que as pessoas são apenas e só números. A política que vale a pena ser vivida é humana, é feita por pessoas para as pessoas. 
* Alexandre, O Grande, disse um dia " Não temo um exército de Leões comandados por uma ovelha mas temo um exército de ovelhas comandadas por um leão".
2013 será um ano importante e, a meu ver, um ano de mudança no establishment político actual: os dois principais partidos políticos portugueses, na sua génese, sempre tiverem muitos leões mas, actualmente, são comandados por ovelhas que se limitam a balir algo entre o politicamente correcto e o que é enviado por Merkel/ Barroso/ Rehn.
Caso haja necessidade de novas eleições legislativas em 2013, anteriormente deveria haver um movimento dentro dos partidos para que, quer o PSD quer o PS, se apresentem com os melhores, os mais capazes, os que têm força para "pegar o touro pelos cornos".
Dois líderes fortes, um no Governo e outro na oposição, vão fazer forte gente, vão fazer com que haja competição pelas melhores políticas, pelas mais verdadeiras e, nesta altura, pelas mais audazes.

Resoluções para 2013 - o lado internacional

No final do um ano/ inicio do ano seguinte, é tradicional fazer-se uma espécie de guião de algo que desejamos que aconteça; quer esse algo dependa directamente de nós ou não.
Assim, no ponto de vista internacional, as minhas resoluções são:


  • que Merkel e a CDU percam as eleições de Setembro. Desejo, com isso, que volte ao poder alemão alguém que seja, em primeiro lugar, um humanista. Seria muito pedir um novo Willy Brandt ou Helmut Kohl?! Seria muito pedir que a Alemanha escolha um líder que tenha estudado Jean Monnet, Robert Shuman, Konrad Adenauer, Alcide de Gaspieri ou Jacques Delors - os pais e o estratega da Comunidade Europeia-?! Seria muito pedir que o novo líder alemão saiba da história recente da Europa, onde a Alemanha, desde 1871, desde Bismarck, tem um papel fundamental?!
  • A segunda, é que Obama comece um segundo mandato melhor que o primeiro: que tenha força e coragem no plano geo-político e geo-estratégico, que encare sem receio a Coreia do Norte e o Irão; que olhe com os mesmos olhos para os países onde, de igual forma, ditadores chacinam a população.
  • Por último uma palavra para o Brasil: que resolvam o problema do mensalão, que prendam quem tiverem que prender, provem ao mundo e, sobretudo, ao povo brasileiro, que a última década foi uma década de "ordem e progresso", como está inscrito na bandeira. Só assim é que todos vão acreditar que o Brasil é uma potencia, independentemente se estiver Lula, Dilma ou outro qualquer no poder.

Azeméis é vida

2012: mais um ano de muito trabalho

Viagem no passado por causa do presente

"Hoje tudo é muito diferente em relação ao passado, mas também muita coisa é demasiadamente igual.

No final do século XIX, princípio do século XX, o incipiente operariado português concentrava-se em poucas fábricas dignas desse nome no Norte do país, em particular no Porto, e numa multidão de pequenas oficinas em Lisboa e Setúbal e nas principais cidades do país. Eram operários e operárias, tabaqueiros, têxteis, soldadores, conserveiros, corticeiros, mineiros, padeiros, alfaiates, costureiras, cinzeladores, cortadores de carnes verdes, carpinteiros, fragateiros, estivadores, carregadores, carrejonas no Porto, carvoeiros, costureiras, douradores, etc., etc. Havia uma multidão de criados e criadas, criadas "de servir", e muito trabalho infantil em todas as profissões, em particular nas mercearias, onde os marçanos viviam uma infância muitas vezes brutal, dormindo na loja e carregando com cargas muito pesadas. Falei em operariado, mas na verdade, muito poucos correspondem ao conceito, porque se trata mais de artífices, trabalhadores indiscriminados, e em muitos casos com profissões hierarquizadas em que os aprendizes eram sujeitos a todos os abusos. Havia depois uma aristocracia operária, essencialmente entre os que faziam tarefas qualificadas e mais bem pagas, como era o caso dos tipógrafos, que sabiam ler e por isso tinham um mundo social diferente. Antero de Quental foi tipógrafo de passagem.

Deixo o campo de lado, em que a maioria dos portugueses ainda vivia, onde havia igualmente um território obscuro e pouco conhecido que despertou com a I República, os trabalhadores rurais alentejanos. Estes viviam uma vida violenta e esquecida no meio do deserto alentejano. Nos meios rurais vários grupos de trabalhadores vegetavam na mais negra miséria e vendiam o seu trabalho sazonalmente, nas vinhas do Douro, nos campos do Alentejo e Ribatejo como maltezes e ratinhos. O que de mau se pode dizer das cidades, pode-se dizer pior do campo ou das vilas piscatórias do litoral e mineiras do interior. 

A economia do mundo operário centrava-se no salário muito escasso, na renda de casa, numa vila operária ou numa "ilha" se fosse no Norte do país, onde se amontoavam em condições higiénicas e sanitárias inimagináveis. A epidemia de cólera no Porto, e a habitual ocorrência de tifo, demoraram muito anos a lembrar os governantes do problema de insalubridade da "habitação operária" e deram origem aos bairros sociais no salazarismo.

O vestuário masculino e feminino era muito grosseiro, sarja, serapilheira, chita eram comuns e os sapatos eram para usar aos domingos. Até à década de cinquenta do século XX o pé descalço era um símbolo da pobreza portuguesa. Alpergatas feitas com um bloco de madeira e uma tira de borracha de pneu eram o calçado operário mais comum. As mulheres vestiam-se ainda como se estivessem no campo e os homens já menos, mas mesmo assim o traje operário, como o fato-macaco, demorou a tornar-se comum porque era caro.

A alimentação era de péssima qualidade e a fome, e doenças associadas com as carências alimentares, como o raquitismo, eram comuns. A tuberculose era generalizada, e o alcoolismo um flagelo social. Eram igualmente comuns os traços da varíola, da poliomielite, e em certas zonas do país havia malária e kala-azar. Não havia dinheiro para ir ao médico e também não havia muitos médicos e menos hospitais, já para não falar de medicamentos. A dependência da caridade da igreja ou pública, sob formas como a "sopa dos pobres", implicava regras de comportamento disciplinares, subserviência e cabeça baixa. Havia muita mendicidade.

A prostituição, a criminalidade e o roubo eram generalizados. Havia um número elevado de "matriculadas" e um número ainda maior de mulheres que se prestavam ocasionalmente à prostituição por razões económicas. A violência sexual nas fábricas era uma forma de "direito de pernada" que ninguém contestava e a violência nas famílias sobre as mulheres uma hábito estabelecido. Em Lisboa a criminalidade "apache" de navalha, vinho e fado era a regra, nos campos o assassínio bruto à paulada e a machado associava-se ao roubo nos matos e ao incêndio de searas. A reivindicação de polícia rural está alta na lista de todas as associações de agricultores, como os senhorios urbanos temiam os seus inquilinos.

A esmagadora maioria da população era analfabeta, e os poucos que tinham algumas letras não passavam da instrução primária, muitas vezes incompleta. No entanto, havia uma reverência à escola e à instrução, como sinal de ascensão social. Para muitos pobres, o seminário era a única escola possível.

Os trabalhadores não tinham quaisquer direitos enquanto trabalhadores. Os patrões, fossem os "industriais" com dinheiro brasileiro e títulos de barão e visconde, ou os donos das pequenas oficinas de marcenaria ou de panificação, podiam decidir tudo sobre os seus trabalhadores. Os horários podiam ser de sol a sol, as condições de trabalho eram terríveis, os acidentes de trabalho e as doenças profissionais comuns, as ordens de patrões e capatazes eram indiscutíveis, os dias de doença não eram pagos, as faltas, por muito justificadas que fossem, idem, e o despedimento não tinha qualquer formalidade - chamava-se o trabalhador e "punha-se na rua". Ponto.

Durante a segunda metade do século XIX, os operários começaram a organizar-se e a reivindicar alguns muito escassos direitos. À medida que as antigas corporações desapareciam, e com estas algumas confrarias que ofereciam um escasso apoio social a grupos profissionais, apareciam associações mutualistas que pretendiam em primeiro lugar garantir um funeral decente em vez da carreta dos pobres e a vala comum, assim como algum apoio às viúvas e aos filhos, que a morte deixava de imediato na pobreza absoluta. Os peditórios eram comuns. Esse mundo da economia popular pode ser visto por um observador atento que visite alguns bairros antigos de Lisboa, onde encontra ainda restos da paisagem operária marcada pelas lojas de penhor, pelas funerárias e pelas tabernas.

Os sindicatos, no sentido moderno do termo, surgiram a partir das associações de classe e de um espírito de resistência e auto-organização, que, não sendo nunca muito forte, estabeleceu-se com tenacidade. Havia greves, algumas violentas e tumultuárias, mas também era comum que um gesto qualquer caritativo do patrão fizesse voltar os operários ao trabalho, muito agradecidos com a benesse. A relação paternal entre o patrão e os "seus" operários estava incrustada no tipo de relações sociais dominadas pela clientela e pelo patrocinato. O caciquismo era a face política dessas mesmas relações, a partidocracia actual a sua herdeira.
Do seu lado, do lado das "classes laboriosas", havia muito pouca gente, alguns raros filantropos com ideias progressistas, muitos filantropos com ideias reacionárias, e, durante a sua breve vida, um Rei D. Pedro V. E, pouco a pouco, legislação sobre o trabalho, as condições de trabalho, a "previdência", e um embrião de um direito laboral foi fixando horários, salários, regras, descontos, faltas, doenças, obrigações, e, palavra maldita, do direito nasceram direitos adquiridos.

Estamos a falar de cem, cento e cinquenta anos, mas saímos deste mundo há pouco mais de cinco décadas, com muito sofrimento, esforço e trabalho, consolidando melhorias e direitos. Na década de sessenta, a vida começou a melhorar muito lentamente. A emigração representou a válvula de escape para muita desta miséria, e na França, na Alemanha, como antes no Brasil e Venezuela. Uma lenta mas construtiva industrialização, iniciada nos anos cinquenta, e uma política de "fomento" permitiram, junto com a economia colonial acicatada pela guerra, algum progresso material. E Marcelo Caetano deu a reforma aos rurais e o 25 de Abril o resto. 

Foi um processo lento e nalguns aspectos pouco amável, que incluiu uma revolução e alguma violência, cá e principalmente em África. Conseguimos uma muito razoável integração dos "retornados", mais eficaz pela plasticidade da sociedade portuguesa do que o que aconteceu em França com os pieds noirs. Acabámos com os frutos malditos da pilha de ouro entesourada no Banco de Portugal, a mortalidade infantil, o analfabetismo, a pobreza, a absoluta desprotecção face aos infortúnios do trabalho e da vida.
Melhorámos alguma coisa, mas não muito. Mas foi tudo muito lento e muito tarde, o que significa que os portugueses mais velhos ainda têm uma memória viva, muito provavelmente biográfica, desta pobreza ancestral. Mesmo os que já não a viveram sabiam pelos seus pais e avós que era assim, e isso significa, ao mesmo tempo, um certo conformismo e alguma revolta.

O último tempo onde mais negra foi a miséria portuguesa que ainda pode ser lembrado pelos vivos foi por volta de 1943, o ano em que houve um excedente da balança comercial que a imbecil ignorância actual se permite louvar, sem saber do que está a falar. Ter havido excedentes na balança foi bom, a razão por que isso aconteceu foi péssima. É essa fractura entre a abstração e a realidade que torna obrigatório viajar pelo passado por causa do presente. Tudo é muito diferente, mas também muita coisa é demasiadamente igual. Esperemos que em 2013 não se torne ainda mais parecida."

sábado, 29 de dezembro de 2012

Vasco dixit

Um Homem culto, sensato, ministeriável; quando fala, normalmente, é com a razão.
Em entrevista à Renascença, Vasco Graça Moura voltou a falar da trapalhada do acordo ortográfico.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Pedro voltou

A mensagem é do Pedro, os sublinhados meus e as conclusões, Vossas:

"Amigos,

Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente.

Já aqui estivemos antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida esticava para chegar a todos, já demos aos nossos filhos presentes menores porque não tínhamos como dar outros. Mas a verdade é que para muitos, este foi apenas mais um dia num ano cheio de sacrifícios, e penso muitas vezes neles e no que estão a sofrer.

A eles, e a todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com pesar mas com o orgulho de quem sabe que os sacrifícios que fazemos hoje, as difíceis decisões que estamos a tomar, fazemo-lo para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor.

A Laura e eu desejamos a todos umas Festas Felizes.

Um abraço,
Pedro."

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

De Natal a Natal

Ouvindo o Primeiro Ministro e fazendo uma breve análise ao ano que passou e à mensagem de Natal de 2011, pensei que começaria por pedir desculpa.
Desculpa pelo que disse, pelo que prometeu, pelo que fez; pela forma leviana como nos chamou piegas, como colocou "novos contra velhos", como colocou privados contra função-publica; pedir desculpa por dar cobertura política a quem já se devia ter demitido há muito; desculpa por falhar as previsões.
É Natal e há mensagens de acto de contrição que têm mais significado nesta altura. Deveria ter pedido desculpa e indicar um novo rumo...
A sensação que eu e que muita gente - gente do PSD, gente social democrata, gente que se preocupa com a vida comunitária - tem é que caminhamos, a passos largos, para o abismo.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

É o Relvas e o Relvas e o Relvas


"Abre-se o jornal da manhã e lá está: consultores de Dirceu promoveram venda da TAP a Efromovich.
José Dirceu, ex-todo poderoso no governo de Lula, está preso, por corrupçãoEfromovich é uma personagem de certo modo estranha, nascido na Bolívia, naturalizado colombiano, brasileiro e polaco, dono da Avianca que se prepara para comprar a TAP (há quem diga que por tuta e meia, mas disso não estou certo). Falta uma pessoa para se compor o triângulo, porque há sempre um triângulo nestes negócios. E já adivinharam quem é - Miguel Relvas.
Temos pois um político brasileiro corrupto, um empresário com uma história algo duvidosa e um político português. Este último, já tinha casos suficientes para ter vergonha e se demitir, mas persiste com aquela autoconfiança que só um ego desmedido e uma proteção política irresponsável permitem ter. Um jornalista brasileiro, Ancelmo Goes (citado no 'Público' num excelente artigo de Cristina Ferreira, onde vou buscar esta informação toda), escreveu a 28 de Outubro no jornal 'O Globo': "Quem está ajudando o empresário Germán Efromovich a comprar a TAP é Miguel Relvas".
E pronto! Não é surpresa! Agora se vê melhor o que o Álvaro andava e anda a atrapalhar. O verdadeiro ministro da Economia também é o Relvas. É o Relvas, é o Relvas, é o Relvas! E depois querem que se confie neles..."
Henrique Monteiro

domingo, 16 de dezembro de 2012

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa...

... Álvaro Santos Pereira conseguiu vergar Bruxelas, mas não consegue fazer o mesmo com Gaspar.
John Le Carré escreveu que é possível derrotar um fanático, porque um fanático tem sempre um segredo escondido que o pode comprometer.
Parece que temos todos de descobrir qual o segredo de Gaspar.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Interpretações pornográficas

A Lei da Limitação de Cargos Autárquicos começou a ganhar forma nos primeiros dias do governo do Sócrates, tendo dois objectivos: um directo e outro indirecto.
O objectivo directo seria o da aprovação da lei antes das autárquicas de 2005 - apesar do PS ter ganho facilmente as eleições legislativas, previa-se que o PSD, com outra liderança e com o manancial autárquico que possui, iria ganhar as eleições de Outubro.
Sócrates não queria terminar o seu reinado, 7 meses após o ter conquistado, ainda por cima, em eleições que "não lhe diziam respeito".
O segundo objectivo, indirecto, camuflado, seria o de passar da Limitação de Cargos Autárquicos para Limitação de Cargos Políticos - como acontece na Presidência da Republica -, retirando, com isso, Alberto João Jardim do poder.
Mais cambalhota, mais empurrão, a lei, finalmente, conheceu a luz do dia.
Penso que é uma boa lei; omissa num ponto mas, no geral, uma boa lei.
Como democrata, como darwinista, acredito que para existir evolução da espécie tem que existir renovação. Não devemos esquecer o passado mas temos que olhar o futuro; os tempos, as acções e as pessoas convergem em determinada altura mas tendem, gradualmente, a divergir.
Posto isto, acredito que pessoas que estão há 12 ou mais anos à frente de instituições, deverão abandonar os seus cargos e aplicar toda a sua experiência em prol da sociedade, noutra actividade: poderão subir um patamar - passar da Junta de Freguesia para a Câmara Municipal -, poderão escrever as suas memórias, organizar workshops sobre gestão autárquica, fazerem consultoria, etc.; com uma ressalva: acredito que em freguesias com pouca população e com fronteiras físicas e culturais ténues, possam existir "repetição de mandatos".
O que eu não posso, de todo, concordar, é que numa atitude revanchista, carregada de populismo marialva, hajam candidaturas a câmaras municipais vizinhas.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O orgulho de ser europeu

Hoje senti um orgulho imenso em ser europeu: após séculos de lutas internas entre estados europeus, após lutas fratricidas, a Europa, assente num império cultural, diplomata, pluri-racial, de matriz judaico-cristã de compreensão e respeito pelo próximo, foi agraciada com o Prémio Nobel da Paz.
Neste momento olho para a Europa como olho, por exemplo, para Rotary ou para os ensinamentos livres, pensando que quem usa a sua sabedoria, o seu conhecimento e o seu poder na utopia da compreensão mundial no caminho para a paz merece todos os prémios e, ao mesmo tempo, não merece nenhum: a procura pelo conhecimento infinito e a subsequente melhoria da condição humana, para quem os pratica, já é um prémio merecido e de valor incalculável.
No entanto somos todos humanos e há coisas que fazem bem ao ego. Estamos todos de parabéns!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Por qué no te callas?

Não sei se percebi bem: o problema era o acesso ao crédito por parte das famílias e do estado.
Empobrecem-se ambos para depois poderem retomar o acesso ao crédito?!
Eu, que venho da área da engenharia, chamo a isso um "sem-fim".
Mas há quem diga que é "tirar água sem caneco" para, no fim, "quem se f@&* é o mexilhão".