terça-feira, 15 de maio de 2012

Colectânea de musicas para enfrentar a crise II - VIII

A política e a televisão


Hoje em dia a política europeia está tão no centro da vida das pessoas que a SIC abre o seu telejornal com a notícia da viagem de Hollande à Alemanha. Muito bem!

Fiquei a saber que o Presidente Francês teve que trocar de avião porque o seu tinha sido atingido por um raio ainda na pista; um dado extremamente correcto mas completamente inútil!

terça-feira, 8 de maio de 2012

Entre Hollande e Sarkozy


Entre Hollande e Sarkozy, entre um socialista centrado no estado e um pequeno Napoleão, o diabo escolheu.

Agora é ver a velha guarda socialista portuguesa como Soares e Alegre, que por falta de conhecimento histórico ou envolvidos num espírito pós-moderno e pós-realista em que era “chic a valer!” saber falar francês e conhecer na ponta da língua as ruas da capital francesa, colocarem novamente Paris como centro do mundo e vangloriarem-se pela vitória de um compagnie de route.

A dúvida é se Hollande tem força suficiente para abraçar Merkel e ser ele a conduzir a dança. Penso que não, a mulher é de leste e está habituada a cerveja e salsichas, algo forte de mais para a nouvelle cuisine!

A mim só me recorda este excerto de filme, genial do meu ponto de vista, em que os franceses são colocados no seu devido lugar ( histórico).

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Colectânea de musicas para enfrentar a crise II - VII

O diabo


" Venho o diabo e escolha" entre Hollande e Sarkozy.

Então não é que o mafarrico escolheu Hollande?!

E agora Europa, o que vai ser de nós?

domingo, 6 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

" O país tem 15% (?) de desempregados. Está sob tutela externa. Não tem dinheiro para mandar cantar um cego. Está a fazer cortes brutais em áreas sociais, como Educação e Saúde. Está a ver se sai da recessão. É este país, cercado de problemas, que perde um dia inteiro a discutir a promoção do Pingo Doce. Até na Assembleia da República...

Faz sentido? A resposta desdobra-se em dois planos: o do consumidor e o da classe política. Primeiro o consumidor. Faz sentido criticar quem foi às compras? Não. O consumidor é racional e uma promoção de 50% (que devia ter sido preparada com mais cuidado, é verdade) faz diferença. Não perceber isso é ignorância.

Agora a classe política. A Jerónimo Martins violou a lei? Só se tiver feito “dumping”. E enquanto as autoridades (Autoridade da Concorrência, ASAE, tribunais) não se pronunciarem sobre isso, o assunto aconselha prudência. Foi o que fez a classe política? Não. Primeiro alguns deputados meteram os pés pelas mãos, tentando crucificar a Jerónimo Martins (ai os recalcamentos…!). Depois acabaram a afirmar que houve dumping, “substituindo-se” às autoridades. Pergunta: e se as autoridades concluírem que não houve dumping? Voilà: não acontece nada aos deputados. Têm imunidade…

Mas voltemos ao essencial: como é que uma promoção se transformou no principal assunto de discussão política? Não há assuntos mais importantes para tratar? Claro que há. Mas a matéria prestava-se ao folclore: dos sindicatos e da classe política, sobretudo da que está mais à Esquerda. A “jornada de luta” do 1º de Maio foi uma desilusão tão grande (obnubilada por uma simples campanha comercial), que era preciso esconder o fracasso a todo o custo."

Camilo Lourenço

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dualidade


Não gosto de pessoas que se armam em fortes com os fracos e são fracos com os poderosos. Demonstra uma dualidade de critérios, uma distinção entre cidadãos de primeira e de segunda e, até, falta de carácter.
Na corrupção isto é normal: procura-se e criminaliza-se a pequena fuga aos impostos dos cafés e restaurantes, das tabacarias e vendas de jornais, de pequenas fábricas quase artesanais mas não se preocupam com as grandes negociatas. Aí até se dá o caso da inveja dar lugar à punição.
Também é normal assistir-se a este tipo de comportamento no mundo dos negócios, esquecendo-se “os grandes” que têm a obrigação moral e social de olharem para “os pequenos” para que um dia eles também possam crescer, alimentando a economia. Em vez disso, vê-se “um grande” a tentar dizimar o pequeno sem que isso represente grande ganho para si mas apenas pelo prazer de dizer que é forte, que é ele que manda.
Nas manifestações desportivas também se passa a mesma coisa. Porquê uma equipa como o Benfica, estando a ganhar 7-0 ao Cascalheira de Baixo vai meter mais dois avançados ao intervalo do jogo?! Para dizimar o adversário?! O importante seria ganhar por um ou dois ao Porto. É necessário ter respeito pelas pessoas.
Por falar em manifestações desportivas, é tradição associarem-se os Jogos Olímpicos e demais competições a nível mundial a jogos de paz e pela paz, fomentando o encontro de civilizações através do desporto. E se isso for verdade é natural e salutar que os jogos a nível internacional se realizem em países que cumpram a Carta dos Direitos Humanos.
Ontem Durão Barroso e Angela Merkel anunciaram que não iriam assistir aos jogos de futebol na Ucrânia.
A pergunta que deixo é simples: onde estavam eles em 2008, aquando dos Jogos de Pequim? Onde estão eles quando se realizam GP em alguns países árabes ou manifestações  desportivas de grande envergadura em alguns países africanos?!
Penso que é muito correcto não irem à Ucrânia porque lá não se cumprem os Direitos Humanos e a prisão de Yulia Timoschenko indica isso mesmo. Mas, o que acontece aos opositores do governo chinês, de alguns países árabes, de alguns países africanos e de alguns países da América do Sul?!
Especulando, penso que o problema aqui não é tanto “Direitos Humanos” mas é mais “gás natural” como noutros países é “petróleo”: se eles existem, cumprem-se os Direitos Humanos, se não existem, não cumpre os Direitos Humanos.