terça-feira, 17 de maio de 2011

Coisas dos debates

Uma coisa muito portuguesa é o marialvismo, o "agarrem-me senão eu mato-o", "pegar o touro pelos cornos", beber 3/4 de aguardente pela manhã para encarar bem o dia, demonstrar uma coragem exacerbada perante o que os outros temem.
Aliado a isso também há o gargantismo, ou seja, aqueles que apenas dizem essas coisas mas chegada a hora da verdade, encostam-se ao canto. Penso que a maior parte das pessoas é assim, por uma razão ou outra.
Ontem no debate vi Jerónimo de Sousa fazer um número desses: em frente a Sócrates disse que os responsáveis pela crise eram os bancos.
Pois bem, em frente a Sócrates, tal qual como um cavaleiro tauromático em frente ao touro, Jerónimo de Sousa devia ter aplicado a estucada final e dizer aquilo que muitas vezes apregoa: o responsável máximo pela crise económica, financeira, social e política em Portugal é o Primeiro Ministro demissionário, que se encontra aqui à minha frente.

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