sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Azeméis com crescimento sustentado - II

Como escrevi anteriormente, Oliveira de Azeméis, apesar do momento de crise que o país atravessa, tem ferramentas que permitem olhar o futuro com esperança: tem um tecido industrial coeso e estabilizado que conseguiu atrair para o concelho escolas que irão possibilitar a formação de novos quadros intermédios e superiores.
Mas Oliveira de Azeméis não tem um crescimento sustentado apenas por ter empresas de referência, empregadores e centros de inovação, na área dos moldes, da metalomecânica e da injecção de plásticos.
Oliveira de Azeméis é também uma referência na área agroalimentar. As freguesias de S. Martinho da Gândara, Loureiro, Pinheiro da Bemposta, Palmaz e Ossela, constituem uma fonte de receita neste sector tão importante da economia.
S. Martinho da Gândara tem explorações leiteiras e as outras freguesias têm agricultura.
Nos concelhos instalados no litoral centro e norte não há espaço - devido à densidade populacional - para o grande latifundiário mas devemos olhar para Loureiro e o Pinheiro da Bemposta, para o latifundiário médio, e analisar as potencialidades daqueles terrenos e o que trazem de positivo para a economia do concelho.
Ossela e Palmaz, devido à sua geografia, não são terras que permitam extensões grandes de terreno. A vinha é explorada em Ossela mas, no entanto, há algo mais importante nestes locais, especialmente em altura de crise: agricultura de subsistência.
Nestas terras, um dos grandes esteios no combate à crise é a terra e aquilo que ela dá. As pessoas sabem que podem viver do seu quintal!
Apesar de todo este potencial no sector primário da área agroalimentar, não nos podemos considerar Oliveira de Azeméis um concelho vocacionado para ele. Por isso, há que ter a sabedoria de saber mudar.
Foi isso que aconteceu em Loureiro, com a nova zona-industrial.
Este importante pólo vai permitir atrair mais indústrias para Oliveira de Azeméis e vai, finalmente, colocar um tampão no deslocamento de empresas oliveirenses para os concelhos de Arouca, Vale de Cambra, Albergaria e Estarreja.
A zona indúsrial de Loureiro é de extrema importância para o desenvolvimento indústrial de toda a região porque fica " a meio caminho" de uma via que liga, de forma directa, Valença, no Minho, à Via do Infante, no Algarve, passando por quase todas as cidades mais importantes do país. Fica perto do porto de Aveiro e tem ligação directa a Espanha, por Vilar Formoso.
Com isto, Oliveira de Azeméis continua com um sector primário importante mas consegue capitalizar ainda mais investimento para o sector secundário, estratégico para o desenvolvimento. E aqui nós somos referência a nível nacional.
É de Oliveira de Azeméis que saem todos os dias os produtos mais utilizados na alimentação dos portugueses, como o leite, iogurtes, arroz, massa, queijos, e com rótulos líderes de mercado: Mimosa, Caçarola, Saludães, etc..
Além de todos estes produtos de grande consumo, devido à veia inovadora dos empresários oliveirenses, actualmente temos um produto, líder pela sua qualidade, vocacionado para um nicho de mercado: a cerveja Vadia, uma cerveja artesanal produzida em Ossela.
Portugal está mergulhado numa crise mas felizmente os oliveirenses podem sair à rua com esperança porque têm uma classe empresarial com visão estratégica e uma classe política que soube, no momento propício, dar ferramentas à classe empresarial, beneficiando, com isso, toda a população.

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