quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Revolucionária juventude


Tenho hoje 27 anos e considero que estou numa fase em que já não sou tão jovem mas caramba, ainda não tenho idade para me considerar entradote! O que vos vou contar não se passa no tempo de hoje mas sim no de há 10 anos atrás, numa altura em que aí sim, me considerava plenamente jovem.

Uma das características da juventude é a assimilação global de conhecimento, mais numas áreas do que noutras: a curiosidade pelo mundo, pela música, pela cultura, pelo sexo, viagens intermináveis; vividas in loco ou em sonho. Devido a toda essa frenética busca de novas experiências os jovens são muitas vezes apelidados de rebeldes. ~

Também o fui e ainda me considero como tal pelo que escrevo, pelo que faço, por tentar não ser mais um no meio na sociedade. Apesar disso, nunca perdi o rumo, ou seja, no caminho traçado na minha vida sempre mantive o que penso serem os pilares fundamentais de uma vida em sociedade: liberdade e verticalidade.

“ Sim, mas o que é que isto poderá ser diferente? Liberdade e verticalidade?” poderão perguntar Vocês…

Há 10 anos atrás surgiu uma coligação em Portugal que compilava três partidos: PSR, UDP e Política XXI. Era a junção das correntes trotskista e marxista numa única força política com inserção urbana. Cresceram e hoje em dia poderão tornar-se na terceira força política em Portugal. Parte desse crescimento deve-se aos jovens.

Usando um marketing populista, disfarçado com oratória quase profética, Francisco Louçã acena com chavões aos jovens, fazendo-os perder o rumo: liberalização das drogas leves, aborto, casamento entre homossexuais, educação sexual.

São temas importantes? Alguns são e eu até os apoio.
O problema é aquilo que Louçã esconde a todos: a sua verdadeira ideologia, o que pretende para Portugal.

Será que Louçã retiraria Portugal da NATO? E da Comunidade Europeia? Será que nacionalizava a Galp? E a EDP? E a Sonae? E toda a banca? O que faria com os pequenos accionistas, os que pertencem à classe média? E as televisões? Estatizava de vez a TVI e extinguia a SIC?

A política de Louçã é perigosa para a liberdade do povo português e, infelizmente, foi conquistada à custa da verticalidade de muitos jovens portugueses. Louçã fala, fala muito, mas pouco diz sobre a sua verdadeira política.

Será que iríamos ser uma nova Albânia? Venezuela? Acolher revolucionários de libertação da Ásia Menor e inseri-los na Europa?

Dr. Louçã, deixe os nossos jovens crescerem em liberdade, não lhes hipotecando o futuro.

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