terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O tema de hoje do fórum TSF é " Regionalização: sim ou não? O PS volta a erguer a bandeira da criação de regiões administrativas e quer levar a questão a referendo. Esta deve ser uma das prioridades do país?".
Não tenho o hábito de participar nestes fóruns, apenas o fiz uma vez, na SIC Notícias, aquando do cancelamento do Dakar e fi-lo na qualidade de piloto de automóveis.
Como não tenho o hábito de ligar para lá e soltar uma verborreia, vou fazê-lo por aqui.
O PS, desde a sua criação, sempre se preocupou em arranjar empregos da mais variada ordem para os seus amigos que não tinham lugar em cargos de governação. Para isso, no inicio da nossa democracia, foram criadas fundações com o intuito de receber donativos que possibilitariam criar quadros políticos. Informação recolhida em "Contos Proibidos- Memorias de um PS desconhecido" de Rui Mateus.
O problema dá-se quando não há uma renovação desses mesmos ditos quadros e, chega a um momento, em que não há espaço para mais gente.
É necessário empregar mais gente e o aparelho já não tem capacidade. Aí, aproveita-se o espaço público, o espaço do estado e aparecem os famosos Jobs for the Boys.
Também estão esgotados, esgotadíssimos, quer pela ocupação Guterres quer pela ocupação Sócrates.
Ocuparam-se as empresas privadas próximas do governo mas continua a ser necessário controlar mais e mais gente. Prender as mentes e as almas a um ideal e não os deixar escapar usando a técnica do favor e da cunha.
São necessários mais e mais lugares. Onde? Numa administração regional, num patamar intermédio entre o poder local e o legislativo.
Não concordo com a regionalização por achar que somos um país mais pequeno que muitas províncias de alguns países e de termos uma população de aproximadamente metade da de Nova York. E eles governam-se!
Não concordo com a regionalização porque ela só faria sentido se se acabasse com os Governos Civis, houvesse uma redução significativa do número de deputados à Assembleia da República e que o número dos deputados na Assembleia da Republica fosse equatitivamente distribuído pelos distritos portugueses.
Como tenho quase a certeza que não é isso que se propõem o PS fazer aprovar, como tenho quase a certeza absoluta que o pretendido é alimentar mais uns tantos amigos e não dar reais oportunidades políticas às populações e a quem delas emergir pelo seu próprio pé, não posso de todo concordar com a regionalização.

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