Como todos sabem sou um desportista assíduo, federado, que,
além das provas de automobilismo e por forma a obter a condição física
necessária para ter níveis de desgaste físico e concentração dentro dos
parâmetros ditos aceitáveis, pratico outros desportos.
Este gosto pelo desporto vem desde muito novo – fui para a
natação ainda antes dos dois anos, na Escola Livre de Azeméis, pratiquei ténis
durante nove anos, no CTA, joguei basquete, na Oliveirense, andei na equitação
e ingressei no automobilismo- e foi encarado como tradição familiar: o Avô
Heitor foi dirigente da Oliveirense; o Tio Aníbal foi campeão no ténis, pela
Oliveirense, campeão no basquete, pela Académica de Coimbra, médico do Sporting
e do Comité Olímpico Português; o Tio Simplício foi campeão de ténis, pela
Oliveirense; o Pai foi atleta da Mocidade Portuguesa (numa altura em que quase
todos os jovens teriam que pertencer à propaganda do Estado, quer quisessem ou
não), da Oliveirense, da Escola Livre, do CTA, dirigente, também, do CTA; o Tio
Zé Manel foi, até há bem pouco tempo, dirigente do Sporting. Ou seja, eu cresci
a ouvir falar de desporto e prática desportiva, entre jogos ao ar-livre,
balneários, tardes de domingo a ver a RTP 2, etc..
Por tudo isto, sempre considerei o desporto como um factor
agregador da sociedade, de inclusão, onde, após o árbitro soar o apito, o
semáforo passar a verde ou após a “moeda ao ar”, não há ricos nem pobres, não
há brancos pretos ou amarelos, não há quezílias, não há diferenças. O que
existe, a partir desse momento, é tão e só a vontade de ganhar, de ser o
primeiro, de levar para casa os louros; tudo dentro das regras, do
desportivismo e da camaradagem.
Assim, o desporto incute nas pessoas o espírito guerreiro e
de conquista mas, também, a compreensão, a amizade, o respeito, a hierarquia, a
lei. Ajuda-nos a sermos educados, a tratar todos de igual para igual, a
compreender a função de cada um dentro de uma equipa e a reconhecer o valor do
mecânico e do ponta-de-lança, ambos importantes, ambos vencedores e ambos derrotados.
O desporto, pelo que descrevi anteriormente, assume uma
função vital na educação dos jovens e adultos porque é um caminho de
compreensão e reconhecimento, que leva os povos à paz. Os Jogos Olímpicos
foram, são, e espero que continuem a ser, durante muitos séculos, os jogos da
paz e do intercâmbio mundial de culturas, raças e religiões.
É fundamental educar os nossos jovens – especialmente em
alturas de grave crise financeira, económica, social e cultural – no respeito e
compreensão pelo próximo, com base no desporto, de forma que todos possam conviver
pacificamente. Por isso, é fundamental a criação de um plano de Desporto
Escolar, é fundamental os clubes e as associações terem um papel educador/
integrador dos jovens, assumindo um papel social da comunidade.
Neste aspecto, a GEDAZ integrou um projecto europeu – Elys –
que visou trazer para as escolas de Oliveira de Azeméis boas práticas
desportivas, promovendo uma cultura desportiva com o apoio das famílias, fazer
prevalecer o fairplay.
A GEDAZ, apesar dos momentos difíceis por que passam as
empresas municipais por todo o país, não deixa de exercer o seu papel no
desporto oliveirense, fulcral para a toda a sociedade.
Apenas desejo demonstrar o meu agrado com estes projetos, sobretudo encontrando-se Portugal, nos primeiros 6 lugares do Ranking dos países com maior percentagem de jovens obesos, segundo um inquérito, elaborado pelo Health Behaviour in School-aged Children — um grande levantamento dos comportamentos e estilos de vida dos adolescentes levado a cabo de quatro em quatro anos na Europa e na América do Norte em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O último inquérito abrangeu cerca de 200 mil jovens.
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