O pequeno Napoleão sabia ver as horas.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
A política e a televisão
Hoje em dia a política europeia está tão no centro da vida
das pessoas que a SIC abre o seu telejornal com a notícia da viagem de Hollande
à Alemanha. Muito bem!
Fiquei a saber que o Presidente Francês teve que trocar de
avião porque o seu tinha sido atingido por um raio ainda na pista; um dado
extremamente correcto mas completamente inútil!
sexta-feira, 11 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
Entre Hollande e Sarkozy
Entre Hollande e Sarkozy, entre um socialista centrado no estado e
um pequeno Napoleão, o diabo escolheu.
Agora é ver a velha guarda socialista portuguesa como Soares e
Alegre, que por falta de conhecimento histórico ou envolvidos num espírito pós-moderno
e pós-realista em que era “chic a valer!” saber falar francês e conhecer na
ponta da língua as ruas da capital francesa, colocarem novamente Paris como
centro do mundo e vangloriarem-se pela vitória de um compagnie de
route.
A
dúvida é se Hollande tem força suficiente para abraçar Merkel e ser ele a
conduzir a dança. Penso que não, a mulher é de leste e está habituada a cerveja
e salsichas, algo forte de mais para a nouvelle cuisine!
A mim
só me recorda este excerto de filme, genial do meu ponto de vista, em que os
franceses são colocados no seu devido lugar ( histórico).
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segunda-feira, 7 de maio de 2012
O diabo
" Venho
o diabo e escolha" entre Hollande e
Sarkozy.
Então não é que o mafarrico escolheu Hollande?!
E agora Europa, o que vai ser de nós?
domingo, 6 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
" O país tem 15% (?) de desempregados. Está sob tutela externa. Não tem dinheiro
para mandar cantar um cego. Está a fazer cortes brutais em áreas sociais, como
Educação e Saúde. Está a ver se sai da recessão. É este país, cercado de
problemas, que perde um dia inteiro a discutir a promoção do Pingo
Doce. Até na Assembleia da
República...
Faz sentido? A resposta desdobra-se em dois planos: o do consumidor e o da classe política. Primeiro o consumidor. Faz sentido criticar quem foi às compras? Não. O consumidor é racional e uma promoção de 50% (que devia ter sido preparada com mais cuidado, é verdade) faz diferença. Não perceber isso é ignorância.
Agora a classe política. A Jerónimo Martins violou a lei? Só se tiver feito “dumping”. E enquanto as autoridades (Autoridade da Concorrência, ASAE, tribunais) não se pronunciarem sobre isso, o assunto aconselha prudência. Foi o que fez a classe política? Não. Primeiro alguns deputados meteram os pés pelas mãos, tentando crucificar a Jerónimo Martins (ai os recalcamentos…!). Depois acabaram a afirmar que houve dumping, “substituindo-se” às autoridades. Pergunta: e se as autoridades concluírem que não houve dumping? Voilà: não acontece nada aos deputados. Têm imunidade…
Mas voltemos ao essencial: como é que uma promoção se transformou no principal assunto de discussão política? Não há assuntos mais importantes para tratar? Claro que há. Mas a matéria prestava-se ao folclore: dos sindicatos e da classe política, sobretudo da que está mais à Esquerda. A “jornada de luta” do 1º de Maio foi uma desilusão tão grande (obnubilada por uma simples campanha comercial), que era preciso esconder o fracasso a todo o custo."
Camilo Lourenço
Faz sentido? A resposta desdobra-se em dois planos: o do consumidor e o da classe política. Primeiro o consumidor. Faz sentido criticar quem foi às compras? Não. O consumidor é racional e uma promoção de 50% (que devia ter sido preparada com mais cuidado, é verdade) faz diferença. Não perceber isso é ignorância.
Agora a classe política. A Jerónimo Martins violou a lei? Só se tiver feito “dumping”. E enquanto as autoridades (Autoridade da Concorrência, ASAE, tribunais) não se pronunciarem sobre isso, o assunto aconselha prudência. Foi o que fez a classe política? Não. Primeiro alguns deputados meteram os pés pelas mãos, tentando crucificar a Jerónimo Martins (ai os recalcamentos…!). Depois acabaram a afirmar que houve dumping, “substituindo-se” às autoridades. Pergunta: e se as autoridades concluírem que não houve dumping? Voilà: não acontece nada aos deputados. Têm imunidade…
Mas voltemos ao essencial: como é que uma promoção se transformou no principal assunto de discussão política? Não há assuntos mais importantes para tratar? Claro que há. Mas a matéria prestava-se ao folclore: dos sindicatos e da classe política, sobretudo da que está mais à Esquerda. A “jornada de luta” do 1º de Maio foi uma desilusão tão grande (obnubilada por uma simples campanha comercial), que era preciso esconder o fracasso a todo o custo."
Camilo Lourenço
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quarta-feira, 2 de maio de 2012
Dualidade
Não gosto de pessoas que se armam em fortes com os fracos e são
fracos com os poderosos. Demonstra uma dualidade de critérios, uma distinção
entre cidadãos de primeira e de segunda e, até, falta de carácter.
Na corrupção isto é normal: procura-se e criminaliza-se a pequena
fuga aos impostos dos cafés e restaurantes, das tabacarias e vendas de jornais,
de pequenas fábricas quase artesanais mas não se preocupam com as grandes negociatas.
Aí até se dá o caso da inveja dar lugar à punição.
Também é normal assistir-se a este tipo de comportamento no mundo
dos negócios, esquecendo-se “os grandes” que têm a obrigação moral e social de
olharem para “os pequenos” para que um dia eles também possam crescer,
alimentando a economia. Em vez disso, vê-se “um grande” a tentar dizimar o
pequeno sem que isso represente grande ganho para si mas apenas pelo prazer de
dizer que é forte, que é ele que manda.
Nas manifestações desportivas também se passa a mesma coisa.
Porquê uma equipa como o Benfica, estando a ganhar 7-0 ao Cascalheira de Baixo
vai meter mais dois avançados ao intervalo do jogo?! Para dizimar o adversário?!
O importante seria ganhar por um ou dois ao Porto. É necessário ter respeito
pelas pessoas.
Por falar em manifestações desportivas, é tradição associarem-se
os Jogos Olímpicos e demais competições a nível mundial a jogos de paz e pela
paz, fomentando o encontro de civilizações através do desporto. E se isso for
verdade é natural e salutar que os jogos a nível internacional se realizem em
países que cumpram a Carta dos Direitos Humanos.
Ontem Durão Barroso e Angela Merkel anunciaram que não iriam
assistir aos jogos de futebol na Ucrânia.
A pergunta que deixo é simples: onde estavam eles em 2008, aquando
dos Jogos de Pequim? Onde estão eles quando se realizam GP em alguns países
árabes ou manifestações desportivas de
grande envergadura em alguns países africanos?!
Penso que é muito correcto não irem à Ucrânia porque lá não se
cumprem os Direitos Humanos e a prisão de Yulia
Timoschenko indica isso mesmo. Mas, o que acontece aos opositores do
governo chinês, de alguns países árabes, de alguns países africanos e de alguns
países da América do Sul?!
Especulando, penso que o problema aqui não é tanto “Direitos
Humanos” mas é mais “gás natural” como noutros países é “petróleo”: se eles
existem, cumprem-se os Direitos Humanos, se não existem, não cumpre os Direitos
Humanos.
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