segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O meu pé de laranja

Como disse ainda há pouco, este blog é um blog de trabalho: trabalho político antes, durante e após a campanha autarquica que aí se avizinha. " O meu pé de laranja" poderá remeter para o clássico " O meu pé de laranja lima" de José Mauro de Vasconcellos. Mas não, desenganem-se. Gosto de árvores, grandes ou pequenas e, por isso mesmo, não tinha problema de ter uma laranja lima no meu quintal. " O meu pé de laranja" nasce da necessidade de explicar um pouco a minha participação na lista do Hermínio e da minha ligação " natural" ao PSD. Vou começar pela ligação ao PSD, o resto vem por acréscimo. Desde que me lembro como gente ( terá sido há 24 ou 25 anos atrás, e aí era gente-criança), sempre ouvi falar de política, quer por uma simples discussão quer por me lembrar de cores e sons de campanhas. Lembro-me do slogan " Freitas do Amaral, prá frente Portugal", da viagem para o Algarve, durante as férias, com a bandeira do PSD de fora do carro ( 85? 87?), lembro-me do ramo de flores que entreguei a Maria Cavaco Silva a dizer " sou sobrinho da Branquinha e do Anibal", etc.. Contudo, como é óbvio, só na adolescência é que me despertou o verdadeiro gosto pela política e existem dois pontos marcantes para isso: as comissões de inquérito ao caso Camarate ( na altura amplamente divulgadas pela Inês Serra-Lopes quer na TVI quer em livro) e, ainda anterior a isso, o aparecimento do Contra-Informação; política sem humor só existe na ditadura ( o que é feito do Contra em horário nobre???!!!). Por educação, por tudo fiz e faço, o que li e vi durante essa altura em Portugal e no mundo, até aos dias de hoje, posso afirmar com toda a certeza que sou social democrata. Em Portugal quem melhor representa a social-democracia? O PSD. Dada esta explicação sucinta, é natural a aproximação do PSD a mim. Digo a aproximação do PSD a mim porque não fiz nada para me aproximar dele, a não ser viver. Nunca fui militante nem do PSD nem da JSD e, até à data apenas tive duas ocasiões em que senti vontade de o ser: quando Durão Barrroso ganhou o congresso de Coimbra e agora, após a vitória de Manuela Ferreira Leite sobre o populismo manipulador de Menezes, Lopes e Coelho. Mas nunca cheguei a ser militante. Vivendo, foi assim que fui convidado e decidi participar como candidato à vereação na lista do PSD à CMOA: o mediatismo do desporto automóvel, a consultoria, a vice-presidência e presidência do Rotaract Club de Oliveira de Azeméis, as crónicas em " A Voz de Azeméis" e " Tribuna Press", a campanha de sensibilização para boas práticas ambientais e homenagem aos bombeiros levadas a cabo enquanto piloto, uma conferência em Évora sobre a juventude e o desporto, o lugar que ocupei na Associação de Estudantes da FEUP, a poesia, e muitas outras coisas que se atravessam no nosso caminho a que alguns chamam destino mas eu chamo Viver. " O meu pé de laranja"? Não sou árvore e não necessito de enterrar os meus pés na terra laranja para sobreviver. " O meu pé de laranja" porque são os pés que me ligam à terra e aí necessito de ter equilíbrio para andar. As fundações, ao contrário das árvores ou das casas, estão na cabeça e essas tanto me aproximam da laranja do PSD como poderão voar livremente para outra esfera.

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