Como todos sabem, gosto de desporto: por ser (ter sido)
praticante de alguns desportos, por tradição, pela estratégia, pelo “dever
cumprido” mesmo quando se perde, pela superação da condição física e mental,
pelo bem-estar e pela saúde.
Apesar de ter as minhas preferências clubísticas, não entro
em grandes euforias nem em grandes lamúrias quando a minha equipa favorita
ganha ou perde: tudo é desporto, tudo é treino.
No entanto, tenho um orgulho muito grande quando equipas e
desportistas da minha terra ganham as suas competições ou alcançam resultados
dentro dos objectivos inicialmente traçados. Aqui, nos últimos tempos, temos
tido vários motivos de alegria que vão do ténis ao basquetebol, do hóquei ao
ciclismo, não esquecendo um “grande desporto” de integração social, como é o
caso do boccia.
Além dos feitos alcançados por atletas e clubes, Oliveira de
Azeméis, de há muitos anos a esta parte, é uma meca no desporto nacional,
pautando-se pela organização de vários campeonatos das mais diversas
modalidades, de congressos e colóquios de dirigentes, médicos e atletas, pela
aproximação da actividade desportiva à população.
Ao falar de desporto em Oliveira de Azeméis não se pode
dissociar de falar da União Desportiva Oliveirense (UDO). A UDO é o maior clube
do concelho, é um dos maiores do distrito de Aveiro, com equipas de topo nas
mais diversas modalidades e escalões.
Pela sua dimensão, pelo número de atletas e modalidades que
congrega, é o clube mais representativo, a todos os níveis: tem dimensão física
e cultural.
Devido ao número de atletas na formação e aos espaços
utilizados pela UDO, a Oliveirense é o clube que mais fundos recebe anualmente
por parte da edilidade e aos quais o Partido Socialista se opõe.
O Partido Socialista de Oliveira de Azeméis usa o argumento
que a UDO recebe muito mais dinheiro e apoios que os outros clubes, não
existindo equidade.
Há dias, aqui neste espaço, uma pessoa ligada ao PS local,
sobre a subida da UDO à Liga Profissional de Basquetebol, disse: “(…)como é que tem
uma equipa do mais alto nível de competição nacional da modalidade que não tem
sequer infra-estruturas para os treinos?” para, de seguida “os oliveirenses
viram a sua equipa do coração regressar à Liga Profissional de Basquetebol mas,
além das palavras e do carinho do público, com que mais pôde esta equipa
contar?” e finalizar com “ (…)quem sabe estará para chegar uma Câmara e um
presidente que vos possa convenientemente dar apoio…”.
Perante isto, várias dúvidas surgiram, às quais gostava de
obter resposta. Assim:
1.
O PS local, que criticou veemente o apoio dado
pela Câmara Municipal à UDO vem, agora, depois da equipa sénior da UDO subir ao
escalão mais alto do basquetebol nacional, sugerir mais apoios para a
oliveirense?
2.
Não sabe o PS local que na cedência de espaços
por parte da GEDAZ à UDO, nomeadamente o pavilhão municipal para o treino das
equipas de basquetebol, não há direito a nenhum pagamento?
3.
Pretende o Eng. Joaquim Jorge Ferreira, caso
ganhe as eleições autárquicas, edificar um centro de treino específico para a
oliveirense?
4.
Se sim, a autarquia constrói e cede o espaço por
tempo indeterminado, aluga o espaço (a valor de mercado ou a preço simbólico?),
ou tem em mente outra forma de transferir algo público para uma entidade
privada?
Como cidadão oliveirense, como interessado na causa pública,
como desportista, como adepto da UDO, gostava de ouvir o Eng. Joaquim Jorge
Ferreira falar sobre estes assuntos ou, então, o putativo Vereador do Desporto
de uma possível equipa de gestão autárquica do PS a responder a tais perguntas
(se for alguém diferente de Ana Catarina Santos porque, das suas opiniões/
ideias, já todos sabemos quais são).
Aproveito também a ocasião para voltar a questionar o Eng.
Joaquim Jorge Ferreira sobre a sua linha estratégica: se pretendem dar um
centro de treino à UDO, suponho que, em linha do que defenderam até aqui,
também pretendam dar o mesmo tratamento aos outros clubes. Ou seja, qualquer
clube terá direito a um espaço próprio, digno da(s) modalidade(s) que pratica,
capaz de ombrear com o que de melhor se faz no centro da Europa, Estados Unidos
e China.
Assim sendo, o PS irá apostar numa política de
obras-públicas, com construções idênticas às até aqui edificadas e que, além de
lapidarem mais um pouco o erário público, se prevê uma taxa de ocupação
reduzida?
Ou será que, agora, a duplicação de relvados sintéticos,
courts de ténis, piscinas, ringues de patinagem, pistas de atletismo, é, para o
PS local assim como foi em tempos para o PS nacional, o custo da
interioridade?!
in Politica Queira Mais
in Politica Queira Mais
Sem comentários:
Enviar um comentário