domingo, 15 de janeiro de 2012

O problema dos Barões do PS

Augusto Santos Silva, no seu Facebook, escreveu:
" Pois tenho de confessar que há uma coisa em que concordo com o Dr. Eduardo Catroga: quando ele lembra que foi nomeado pela primeira vez para o Conselho Geral de Supervisão da EDP em 2006, por convite do ministro Manuel Pinho. Até posso acrescentar já outras nomeações da responsabilidade dos Governos Sócrates, para postos-chave da administração e do setor empresarial público (ou sob forte influência accionista do Estado), nomeações essas que recaíram sobre personalidades insuspeitas, para dizer o menos, de pertencerem à área política socialista. Assim, por exemplo:
1. Para governador do Banco de Portugal, o dr. Carlos Costa, que foi chefe de gabinete do comissário europeu João de Deus Pinheiro.
2. Para presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o dr. Carlos Tavares, ministro do Governo Durão Barroso.
3. Para presidente da Caixa Geral de Depósitos, o dr. Faria de Oliveira, ministro do Governo Cavaco Silva.
4. Para presidente executivo da EDP, o dr. António Mexia, ministro do Governo Santana Lopes.
Porque será que não lembro de nenhuma decisão equivalente, nestes sete meses que já leva em funções, do Governo PSD-CDS?".

Ou seja, o problema dos Barões do PS, ex-ministros, ex-ocupantes de cargos de decisão não é tanto as actuais nomeações feitas para lugares-chave na estratégia económica do país poder ser contestada a nível da meritocracia, podendo ser contestados os salários chorudos; o problema dos Barões do PS é única e exclusivamente não serem eles próprios a serem nomeados como uma qualquer troca de favor, dado anteriores nomeações.
Santos Silva pousou a moca que normalmente o acompanha e foi buscar o pequeno caderno de inquisidor onde tem anotados os favores que prestou.
Ainda bem que é tudo gente séria! 

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