sábado, 17 de novembro de 2012

Uma razão de ser

Como já aqui tinha escrito há tempos, sou consultor de empresas e tenho por hábito visitar essas mesmas empresas, não me restringindo às paredes do meu escritório.
À custa disso, faço milhares de quilómetros por ano, percorrendo o país de lés a lés.
Ontem, numa dessas viagens, tive que fazer por estradas "secundárias" um percurso que me levou da Trofa a Felgueiras.
Nesse percurso relembrei, numa introspecção, o porquê de gostar tanto de política: as pessoas e as suas condições de vida.
Muito mais do a estratégia, muito mais que a adrenalina da disputa de um ideal: As pessoas são o pilar basilar da política e é por elas que deveremos formar um ideal e depois estabelecer uma estratégia de actuação, congregadora das várias diferenças, levando a uma melhor condição de vida da todos.
Fiz esta instrospecção, relembrei o que já sabia, porque ao sair da Trofa e passar por Santo Tirso, Rebordões, Vila das Aves, Vizela, chegando a  Felgueiras passa-se por o que foi outrora, devido ao têxtil e ao calçado, uma das regiões que mais contribuiu para o PIB.
Hoje em dia, para grande tristeza minha, vêem-se resquícios dessas indústrias: ruínas fabris e fábricas com um look dos anos 80.
A pergunta que deixo é, o que é feito das pessoas que lá trabalhavam?
Certamente muitas imigraram para zonas mais costeiras e onde há mais concentração de população, dedicando-se aos serviços.
Outras emigraram para o estrangeiro.
O ideal seria que todas tivessem ficado no mesmo sítio, modernizando-se como se deveriam ter modernizado as empresas...
É esta preocupação constante pela vida de quem nos rodeia que deveria nortear políticos e amantes da política. Espero que assim o seja.

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