domingo, 28 de novembro de 2010

O engenho de Portas

Ontem Paulo Portas voltou.
Digo isto porque sempre o tive como um génio que caso estivesse no partido certo, já teria sido Primeiro Ministro há uns anos.
Como está no partido errado e não tem ninguém capaz de o suceder, cai demasiadas vezes num populismo atroz, não muito longe de ideias maniqueístas de personagens como Marinho Pinto ou o próprio Louça, mas que são a única forma de algumas franjas da sociedade o compreenderem e votarem nele.
Voltando ao génio, ontem Paulo Portas defendeu a criação de um incentivo fiscal para as empresas que aumentem a sua capacidade exportadora.
Ou seja, em vez do estado ajudar as empresas através de fundos como o QREN - que podem ser atribuídos a empresas falidas e investidos em bens não muito produtivos - ou de linhas de crédito que só servem para aumentar o défice das empresas, fá-lo através de crédito fiscal.
Qual a vantagem? Este tipo de incentivo que Portas propõe, idêntico aos já existentes Sifide, para empresas que tenham actividades em IDI no processo ou no produto, ou RFAI, para empresas que aumentem a sua capacidade produtiva com aumento de postos de trabalho e aquisição de imobilizado, aplica-se a empresas que dão lucros e criam valor para o país, fazendo com que as mesmas poupem o dinheiro que iriam entregar no IRC.
Esta poupança pode ser utilizada pelos empresários por forma a criaram mais e melhores serviços, produtos, condições de trabalho, um sem número de acções que nos ajudem a encurtar a distância para os outros países da Europa.

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