sexta-feira, 21 de junho de 2013

Viva o povo brasileiro




Sem milícias nem barões de favelas,é o povo e apenas o povo que acordou; assim sendo não há lugar a "negociações".
Parabéns!!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A mercearia -18

Como todos sabem, gosto de desporto: por ser (ter sido) praticante de alguns desportos, por tradição, pela estratégia, pelo “dever cumprido” mesmo quando se perde, pela superação da condição física e mental, pelo bem-estar e pela saúde.
Apesar de ter as minhas preferências clubísticas, não entro em grandes euforias nem em grandes lamúrias quando a minha equipa favorita ganha ou perde: tudo é desporto, tudo é treino.
No entanto, tenho um orgulho muito grande quando equipas e desportistas da minha terra ganham as suas competições ou alcançam resultados dentro dos objectivos inicialmente traçados. Aqui, nos últimos tempos, temos tido vários motivos de alegria que vão do ténis ao basquetebol, do hóquei ao ciclismo, não esquecendo um “grande desporto” de integração social, como é o caso do boccia. 
Além dos feitos alcançados por atletas e clubes, Oliveira de Azeméis, de há muitos anos a esta parte, é uma meca no desporto nacional, pautando-se pela organização de vários campeonatos das mais diversas modalidades, de congressos e colóquios de dirigentes, médicos e atletas, pela aproximação da actividade desportiva à população.
Ao falar de desporto em Oliveira de Azeméis não se pode dissociar de falar da União Desportiva Oliveirense (UDO). A UDO é o maior clube do concelho, é um dos maiores do distrito de Aveiro, com equipas de topo nas mais diversas modalidades e escalões.
Pela sua dimensão, pelo número de atletas e modalidades que congrega, é o clube mais representativo, a todos os níveis: tem dimensão física e cultural.
Devido ao número de atletas na formação e aos espaços utilizados pela UDO, a Oliveirense é o clube que mais fundos recebe anualmente por parte da edilidade e aos quais o Partido Socialista se opõe.
O Partido Socialista de Oliveira de Azeméis usa o argumento que a UDO recebe muito mais dinheiro e apoios que os outros clubes, não existindo equidade.
Há dias, aqui neste espaço, uma pessoa ligada ao PS local, sobre a subida da UDO à Liga Profissional de Basquetebol, disse: “(…)como é que tem uma equipa do mais alto nível de competição nacional da modalidade que não tem sequer infra-estruturas para os treinos?” para, de seguida “os oliveirenses viram a sua equipa do coração regressar à Liga Profissional de Basquetebol mas, além das palavras e do carinho do público, com que mais pôde esta equipa contar?” e finalizar com “ (…)quem sabe estará para chegar uma Câmara e um presidente que vos possa convenientemente dar apoio…”.
Perante isto, várias dúvidas surgiram, às quais gostava de obter resposta. Assim:
1.       O PS local, que criticou veemente o apoio dado pela Câmara Municipal à UDO vem, agora, depois da equipa sénior da UDO subir ao escalão mais alto do basquetebol nacional, sugerir mais apoios para a oliveirense?
2.       Não sabe o PS local que na cedência de espaços por parte da GEDAZ à UDO, nomeadamente o pavilhão municipal para o treino das equipas de basquetebol, não há direito a nenhum pagamento?
3.       Pretende o Eng. Joaquim Jorge Ferreira, caso ganhe as eleições autárquicas, edificar um centro de treino específico para a oliveirense?
4.       Se sim, a autarquia constrói e cede o espaço por tempo indeterminado, aluga o espaço (a valor de mercado ou a preço simbólico?), ou tem em mente outra forma de transferir algo público para uma entidade privada?
Como cidadão oliveirense, como interessado na causa pública, como desportista, como adepto da UDO, gostava de ouvir o Eng. Joaquim Jorge Ferreira falar sobre estes assuntos ou, então, o putativo Vereador do Desporto de uma possível equipa de gestão autárquica do PS a responder a tais perguntas (se for alguém diferente de Ana Catarina Santos porque, das suas opiniões/ ideias, já todos sabemos quais são).
Aproveito também a ocasião para voltar a questionar o Eng. Joaquim Jorge Ferreira sobre a sua linha estratégica: se pretendem dar um centro de treino à UDO, suponho que, em linha do que defenderam até aqui, também pretendam dar o mesmo tratamento aos outros clubes. Ou seja, qualquer clube terá direito a um espaço próprio, digno da(s) modalidade(s) que pratica, capaz de ombrear com o que de melhor se faz no centro da Europa, Estados Unidos e China.
Assim sendo, o PS irá apostar numa política de obras-públicas, com construções idênticas às até aqui edificadas e que, além de lapidarem mais um pouco o erário público, se prevê uma taxa de ocupação reduzida?

Ou será que, agora, a duplicação de relvados sintéticos, courts de ténis, piscinas, ringues de patinagem, pistas de atletismo, é, para o PS local assim como foi em tempos para o PS nacional, o custo da interioridade?!  

in Politica Queira Mais

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Onde está o logótipo do PSD?


É esta a candidatura do PSD à segunda maior Câmara Municipal do país?
Mas o site não deveria ter algo laranja e o logótipo do nosso partido?
Não deveria fazer menção à excelente política praticada por Rui Rio e o PSD nos últimos 11 anos?

sábado, 1 de junho de 2013

Homenagem ao Dr. Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal

Rotary foi um movimento criado por profissionais, tendo em vista a melhoria contínua da comunidade onde se inseriam esses profissionais.

Vou aproveitar o facto de estarmos reunidos na casa de um dos mais reconhecidos chef portugueses para fazer uma analogia:

Imaginem a história da sopa-da-pedra, onde de um pouco de água e de uma pedra, juntando a tenacidade e perspicácia do frade, nasceu uma sopa muito nutritiva capaz de saciar todos quanto a comiam. “ Já agora juntou-se uma batata, já agora juntou-se feijão, já agora junou-se toucinho e por aí fora”.

O movimento rotário nasce como a sopa-da-pedra: no início seriam uma ou duas pessoas, profissionais dignos que queriam ajudar a comunidade, mas eram poucos. “Já agora” um deles conhecia um amigo que também era um bom profissional e convidou-o para o grupo. “Já agora” esse amigo conhece outro amigo que por sua vez conhece mais um amigo e por aí fora, engrossando a sopa e as profissões aí representadas.

A sopa-da-pedra é feita através da junção de alimentos simples. Os clubes rotários também: são formados por pessoas simples, por profissionais dignos que se honram e que honram os seus pares. É dessa simplicidade e dessa junção de pessoas que se criam grupos de ajuda à comunidade, grupos a quem os cidadãos podem recorrer a pedir auxilio e a que se chamam Rotary Club.

Sendo os clubes rotários clubes preocupados com o mundo que os rodeia, é natural que reconheçam quem se distingue da sociedade devido ao seu mérito: sejam estudantes, sejam profissionais, sejam beneméritos. Quando assim é, agraciam-se essas pessoas, fazem-se homenagens.

Qualquer pessoa, desde que seja um bom profissional, empreendedor, dinâmico, que se honre e que honre os seus pares, poderá ser rotário ou poderá ser homenageado pelo Rotary Club.

Já homenageamos um carteiro, o Sr. Elísio Coelho dos Bombeiros, a Senhora D. Isabel Maria Calejo do Rancho de Cidacos, o Sr. Abílio que tantas vezes me rasgou o bilhete na entrada do cinema, ou os presentes Eng. Aníbal Campos, CEO da Silampos, Sr. António Oliveira, presidente do Lar Pinto de Carvalho, Professor Doutor Carlos Alegria e tantos outros  que deram o melhor de si à sua profissão e, consequentemente, à comunidade.

Hoje, estamos aqui reunidos para homenagear um distinto oliveirense, nascido a 3 de Novembro de 1949, com a graça de Carlos da Silva Costa.

É uma homenagem que muito nos apraz porque, numa altura em que o povo tem a percepção que para os mais altos cargos são nomeados pessoas sem currículo e sem história, onde o mérito profissional é facilmente substituído por qualquer outra razão, o Dr. Carlos Costa vem contrariar essa tendência, dando-nos, pelo seu passado, a garantia de um futuro de trabalho, de seriedade, em prol de todos, colocando os interesses de Portugal e dos portugueses à frente de quaisquer outros.

O Dr. Carlos Costa é licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1973).

Foi assistente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1973-1986) e docente do curso de pós-graduação do Centro de Estudos Europeus da Universidade Católica do Porto (1986-2000).~

Em Janeiro de 1978, ingressou no Centro de Estudos de Economia Portuguesa da Direcção de Estudos do Banco Português de Atlântico, que dirigiu entre 1981 e 1985.

Foi membro não executivo do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Estatística (1990-1992).
Entre 1988 e 1992, integrou, a título pessoal, o Conselho Superior para a Reforma do Sistema Financeiro-1992, cujo “Livro Branco sobre o Sistema Financeiro” serviu de base à reforma global do quadro legislativo do sistema financeiro português.

Foi Coordenador dos Assuntos Económicos e Financeiros na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia e membro do Comité de Política Económica da União Europeia (1986-1992).

Entre 1993 e o final de 1999, foi Chefe de Gabinete do Comissário Europeu Prof. João de Deus Pinheiro com as responsabilidades das políticas de “Comunicação, Cultura e Audiovisual “ (1993-1994) e da Política de Cooperação da União Europeia com os países de África, Caraíbas e Pacífico (1995-1999).

Foi director-geral do Millenium BCP (2000-Março 2004) e foi membro do Conselho de Administração da Euro Banking Association (2001-2003).

Entre Abril de 2004 e Setembro de 2006, foi administrador da Caixa Geral de Depósitos, presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Aposentações, presidente do Conselho de Administração do Banco Nacional Ultramarino S.A, Macau e presidente do Banco Caixa Geral (Espanha). Entre Janeiro e Agosto de 2005, integrou o Conselho de Administração da Unibanco Holdings, S.A., Brasil.

Foi vice-presidente do “European MANUFUTURE High Level Group” (2005-2006).

Foi membro do Conselho Consultivo do Comité das Autoridades de Regulamentação dos Mercados Europeus de Valores Mobiliários (2008-2010).

Foi vice-presidente do BEI entre Outubro de 2006 e Maio de 2010, com a responsabilidade pela Direcção Financeira e pelas operações de crédito para investimento em Portugal e Espanha, na Bélgica, no Luxemburgo, na América Latina e na Ásia.

É, Governador do Banco de Portugal, desde 7 de Junho de 2010.

É membro do Conselho de Governadores e do Conselho Geral de Governadores do Banco Central Europeu, membro do Conselho Geral do Comité Europeu de Risco Sistémico e do Grupo Consultivo Regional para a Europa do Conselho de Estabilidade Financeira. Preside ao Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.

É vice-presidente honorário do Banco Europeu de Investimento (BEI), professor catedrático convidado da Universidade Católica do Porto e da Universidade de Aveiro e presidente do Conselho Consultivo da Faculdade de Economia da Universidade Católica do Porto.

O Dr. Carlos Costa é tudo isto mas é, sobretudo, uma pessoa simples, humana, preocupada com a sociedade que o rodeia.

Assim, é com grande orgulho que o Rotary Club de Oliveira de Azeméis leva a cargo esta justa e sentida homenagem que aqui lhe prestamos hoje, como agradecimento do seu contributo para uma sociedade mais humana, fraterna, acolhedora, solidária e justa, onde a banca e a sua regulação assumem um papel fundamental.

O Dr. Carlos Costa, pela forma como transmitiu o seu saber aos alunos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, da Universidade Católica e da Universidade de Aveiro, pelo esforço e dedicação demonstrados ao longo de quase 40 anos a representar instituições financeiras portuguesas um pouco por todo o mundo, pelo seu trabalho junto da Comissão Europeia e, mais recentemente, pelo cargo de Governador do Banco de Portugal, leva-nos a concluir que em toda a sua vida profissional honrou o primeiro lema de Rotary: dar de si antes de pensar em si.

Senhor Governador, a sua presença hoje, aqui, é motivo de gáudio para o Rotary Club de Oliveira de Azeméis.

Muito obrigado,

P´lo Rotary Club de Oliveira de Azeméis,


João Rebelo Martins

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quem se deve apoiar?

Quem é o candidato que diz,  repetidas vezes, " os bons exemplos de Rui Rio são para seguir"?
Não deveria ser esse candidato que o PSD deveria apoiar?!

Quem é Ana Avoila?

"Há anos que ouço falar em Ana Avoila e ontem, num momento que tive, decidi pesquisar quem era e o que fazia. Primeira surpresa: os nomes dos sindicalistas não têm biografias na Internet, ao contrário dos nomes de quase toda a gente que aparece na televisão.
Retiro pelo contexto, pelo facto de ser coordenadora da Frente Comum dos sindicatos da Administração Pública que é funcionária pública. Mas faz (ou fez) o quê? Deserto absoluto. Fosse outro o cargo e não faltaria quem dissesse que esta ausência de currículo era suspeita... mas adiante.
Que idade tem? Não se sabe, mas deve ter 59 anos. Porque há uma Ana Avoila, Funcionária Pública e membro da Direção do Setor da Função Pública de Lisboa do PCP, membro do secretariado Permanente da Direção do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, Coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública que foi candidata pelo Partido Comunista às Europeias de 2009 e que tinha, na altura, 55 anos. Presumo que seja a mesma.
Continuando a pesquisa denoto que em 19 de fevereiro de 1998, há mais de 15 anos, uma Ana Avoila era subscritora de um abaixo-assinado a defender a interrupção voluntária da gravidez. Como tinha, por profissão dirigente sindical, presumo ser a mesma.
Em 11 de maio de 2003, há 10 anos, já falava em nome dos trabalhadores da Administração Pública, acusando o então Governo de Durão Barroso de asfixiar os funcionários com as suas medidas. Em 25 de setembro de 2006, há quase sete anos, acusava o governo de Sócrates de querer "liquidar a Administração Pública entregando os serviços mais rentáveis ao patronato". Há 15 dias disse que o Governo de Passos está a "governar em ditadura" e faz "reuniões a correr para lixar os trabalhadores". Presumo que seja a mesma Avoila que marca greves sem passar cavaco aos outros sindicatos, porque acha que sim.
Não entendo bem a credibilidade da senhora. Se ela é dirigente há 15 anos e não conseguiu melhores resultados do que estar tudo cada vez pior, seja em que Governo for, pode ter a humildade de perguntar a si própria se o problema não será também um pouco seu, pois não soube melhorar, ou impedir que piorassem as condições dos trabalhadores que representa. Mas, curiosamente, nestes cargos, ao contrário de nos partidos e nos clubes, nunca há oposições internas visíveis. Mais: quando se acusa um Governo eleito há dois anos de governar em ditadura, que pode ouvir quem está à frente de uma organização há 15 anos (pelo menos)?
O que faz correr uma pessoa assim? É a fé? Quem a segue fá-lo por motivos idênticos? Às vezes é bom interrogarmos estes profissionais da contestação, porque nem sempre as coisas são muito claras no campo de quem mais se queixa."


Henrique Monteiro in Expresso

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A mercearia - 17


Estamos a poucas horas de se iniciar um dos eventos mais marcantes da sociedade oliveirense, que se realiza há já muitos anos, tendo como função revisitar modas e costumes de outrora, dando a conhecer os sabores tradicionais, numa estreita colaboração com associativismo do concelho. Refiro-me, como podem imaginar, ao “Mercado à Moda Antiga”.
Falamos de um evento que começou por carolice, de dimensão local, com a força de vontade da GRACC e que, em boa hora, foi apadrinhado pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.
A estratégia da Câmara Municipal, assumindo o Vereador responsável pela área do Turismo um papel fundamental, foi o de transformar um evento local num evento supralocal, atravessando várias fronteiras. Nos últimos anos foi feito um esforço nesse sentido, mediatizando o “ Mercado à Moda Antiga”.
Para isso, em colaboração estreita com o Turismo Porto e Norte, a divulgação do evento nas lojas de Vigo (Espanha) do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, dando a conhecer aos estrangeiros Oliveira de Azeméis e as suas actividades; a presença na BTL – o certame mais importante do país no que diz respeito ao turismo. A presença de promotores nos mercados do Bolhão e Aveiro, assim como na Estação de S. Bento e na Ribeira de Gaia.
No contacto directo com o público, além de todas estas acções, é de primordial importância a internet, a imprensa escrita e a televisão.
Também aqui foi feita uma grande aposta nos dois últimos anos, e toda a gente fala do “Mercado à Moda Antiga” em Oliveira de Azeméis.
Como garantia de sucesso, para os oliveirenses mais cépticos, fica o caso da Abreu. A Abreu é uma empresa centenária que tem como core business as viagens e o turismo. Este ano, pela primeira vez, a Abreu criou pacotes especiais para trazer turistas a Oliveira de Azeméis, ao “Mercado à Moda Antiga”.
Se uma empresa – que vive da visão e risco da sua administração, com vista a dar lucros – aposta neste nosso produto, é porque ele está bem pensado, estruturado, organizado, acrescenta valor e tem potencial para o futuro.
Não sei quais são as expectativas da Abreu e dos dois hotéis a ela associados; podem contar com uma visita ou cem visitas. Para mim, a primeira família a vir a Oliveira de Azeméis através deste pacote já é uma vitória porque nos indica que o caminho é válido.      
É com este tipo de eventos – como, também, a “ Noite Branca”, “Volta a Portugal em Bicicleta”, “ Mundial de Futsal”, etc. - que, em conjunto com os produtos que se fabricam em Oliveira de Azeméis, podemos falar da “Marca Azeméis”.
Oliveira de Azeméis apresenta-se com um grande centro industrial – moldes, calçado, agro-alimentar -, um cada vez mais importante centro de ensino – Escola Superior Aveiro Norte, Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha, etc. -, e, também, como um polo turístico na região Entre Douro e Vouga.  
Ao ver todas estas potencialidades, apenas tenho pena de a linha do Vale do Vouga não ser aproveitada pela Metro do Porto por forma a transportar (diariamente) muito mais pessoas ou não ser aproveitada como uma linha turística, utilizando, a exemplo de muitos países da Europa, as velhas locomotivas a carvão.
Com qualquer uma destas soluções, certamente, Oliveira de Azeméis teria mais um motivo para mais pessoas poderem vir ao Mercado (ou para o trabalho). No entanto esse é tema para outra discussão, num outro local.
Desejo a todos um excelente “Mercado à Moda Antiga”. Por lá nos encontramos!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A mercearia - 16


Decorreu hoje, no cine-teatro Caracas, a sessão “Políticos de Palmo e Meio”. Uma iniciativa da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que decorre desde 2006, que visa fomentar, em crianças de tenra idade, princípios básicos de democracia e cidadania, o conhecimento do concelho e dos órgãos executivos.
Numa altura em que é enraizado na nossa sociedade – ainda não percebi se propositadamente por grupos políticos radicais (de esquerda, de direita e anarquistas como, por exemplo, o movimento “ Que se lixe a Troika”, o “Movimentos 12 de Março” ou os “Indignados” ) ou se por descuido e ignorância – que todos os políticos são corruptos, que não são necessários, caindo-se numa falácia ao invés de se exigir justiça, convém envolver todos nas questões da democracia, começando pela representação, apresentação de ideias e discussão. A sessão “Políticos de Palmo e Meio” consegue tudo isso e desejo, com toda a sinceridade e esperança, que no futuro tenha frutos, conseguindo uma sociedade com pessoas cada vez mais informadas e interessadas pela causa pública.
O tema da sessão deste ano foi “Património” – um tema que não era fácil - e eu esperava ouvir discussões sobre o património no mundo de uma criança: a casa e a escola.
Por exemplo, ouvir os miúdos pedirem um parque de jogos novo, um baloiço, umas balizas para jogarem à bola, um jardim; quanto muito, uma cantina para a escola. Estava à espera de ouvir alguém dizer que conhece um colega que não se alimenta tão bem como ele e os colegas e perguntar porquê e o que poderá ser feito.
Contudo, ao ouvir crianças de nove e dez anos a falarem de “ Qren”, “ Adritem”, “sustentabilidade”, “percentagem de financiamento da Câmara Municipal” e afins, causa-me alguma estranheza. Ao ouvir tudo isto sem o sorriso e a espontaneidade típica de quem ainda não tem preocupações na vida, fez-me levar a pensar a tristeza dos nossos dias.
Crianças, a lerem papeis, claramente escritos por adultos, usados como arma de arremesso em jogos políticos cobertos pela comunicação social, repetindo questões levantadas na Assembleia Municipal, interpelando o Presidente da Câmara com o vigor de um oposicionista, em ano de eleições autárquicas, é, no mínimo, um abuso.
Espero que em 2014, quando se realizar a próxima sessão dos “Políticos de Palmo e Meio”, depois de passado o período eleitoral, devolvam a inocência aos miúdos de Oliveira de Azeméis.  

terça-feira, 14 de maio de 2013

O Guignol

No início do século XIX apareceu em Lyon um nova versão do teatro de marionetes com uma personagem central que deu o nome à cena: Guignol. Muitas das suas personagens são idênticas às da Commedia dell"Arte italiana e incluem variantes do Arlequim, do Polichinelo, uns criados oportunistas, uns "burgueses", um militar façanhudo, um polícia e vários ladrões, uns ingénuos e uns espertos, umas damas de virtude assanhada e outras de costumes fáceis, etc., etc. A actividade mais popular no Guignol é a pancadaria, sendo que a cabeça dos bonecos tem sempre que ser feita de madeira dura para permitir a repetida cena de uma ou várias personagens andarem com um pau a bater na cabeça uns dos outros. Se se quiser dizer em português, o Guignol é uma fantochada.

A imagem do Guignol, cujas variantes nacionais ainda estão nas minhas memórias de infância, perseguiu-me toda a semana passada enquanto assistia ao espectáculo dado pelas sucessivas declarações de Passos Coelho e Paulo Portas, os arrufos e as declarações de amor perpétuo, os elogios da corte de servidores, a admiração dos jornalistas e comentadores com a supina inteligência de um e a incompetência "mediática" do outro, num jogo de cena penoso de se ver, diante de milhões de pessoas a empobrecer, desempregadas, ameaçadas nos seus direitos mais básicos, velhos sem qualquer alternativa atirados aos cães da "convergência das pensões". Era Guignol do mais perfeito: pauladas, tiradas retóricas, choros e arrependimentos, mentiras e maldades. 

A sequência rápida destas últimas semanas diz tudo sobre como estamos. Comecemos pelo chumbo do Tribunal Constitucional, seguida das declarações de fúria governamental, da cena de silêncio e ida a Belém (porquê?), do despacho vingador de Vítor Gaspar, que continua em vigor e ninguém aplica porque é impraticável; das fugas de informação de que as reuniões do Conselho de Ministros são campos de batalha entre facções do Governo, detalhadamente contadas ao Expresso, a Marques Mendes, a Marcelo, a qualquer órgão de informação que queira saber; do discurso autocastrador de Cavaco Silva no 25 de Abril; do plano abstracto de "fomento industrial", anunciado com tanta pompa quanto o vazio de concretização, por uma facção do Governo ligada ao "crescimento"; da Assembleia informada de que terá direito a ver um documento essencial para o futuro do país, "uns minutinhos antes" de Bruxelas; da Assembleia informada de que pode discutir os créditos swap, mas que o acesso ao relatório que iliba a secretária de Estado (e feito sob sua direcção) permanece "confidencial"; do Documento de Estratégia Orçamental apresentado pela outra facção do Governo, a do "rigor orçamental", da ordem do imaginário (e aprovado por Portas que também o acha "irrealista"), dos anúncios sobre anúncios que não anunciam nada, do "será para depois de amanhã", "afinal os pormenores serão só para depois", etc., etc. "Menus de propostas", uma ridícula denominação, de vários tipos: anunciadas; anunciadas mas vetadas por outro ministro do mesmo Governo; anunciadas mas "abertas" para se cumprir o ritual da concertação social, e o novo ritual do "consenso"; propostas "equacionadas"; propostas que quando dão torto passam a "hipóteses" de trabalho (sendo que os números divulgados noutros documentos de "poupanças" são as das "hipóteses" e não as das propostas...), propostas em versão A e B e C, mudadas no espaço de uma semana; propostas terroristas passadas em fugas à comunicação social para ver no que dá e para depois vir o Governo congratular-se por afinal não ir fazer tão mal aos cidadãos como tinha "soprado" a uma imprensa que publica tudo; não-propostas e antipropostas da ordem da matéria negra e da antimatéria. Alguém me sabe ou pode dizer, a uma semana do seu anúncio, que medidas estão efectivamente decididas? Ninguém.

O "menu de propostas" parece aqueles menus desleixados em que uma cruz significa que o prato já não há, e depois, quando se pede outro, já não há os ingredientes e é melhor escolher o que não se tinha escolhido; ou aqueles menus dos restaurantes de luxo em que um palavreado destinado a épater le bourgeois, como "emulsão de chouriço", "vinagrete de citrinos" ou "sardinha em seu suco", ocultam pouco mais do que uma folha de alface comAceto Balsamico de Modena feito na Bairrada. E quanto aos preços do "menu" não há um único que bata certo. Os do Documento de Estratégia Orçamental não são os mesmos dos de Passos Coelho, nem os de Portas, nem os da contabilidade do "menu de medidas", nem os do secretário de Estado Rosalino, nem os que são dados nas reuniões de concertação social. São todos em milhares de milhões de euros, mas nada bate certo e não é só nas previsões, é nos números com que se parte para as previsões. 

Depois há o uso cada vez mais ofensivo da instabilidade, da chantagem e do medo para pôr as pessoas na ordem. Veja-se o que se passa com os despedimentos da função pública, que, se o Governo pudesse sem violação da lei e da Constituição, seriam às dezenas de milhares, amanhã mesmo. Mas como não pode, usa-se uma combinação de chantagem - as rescisões "por mútuo acordo" - com a colocação de milhares de trabalhadores na absurda (e ilegal) situação de manterem um vínculo ao Estado sem receberem um tostão de salário. E como o Governo percebeu que talvez, mesmo apesar dos inconvenientes pessoais da chamada "mobilidade especial", pudesse haver um número significativo de funcionários que a pudessem aceitar em desespero de causa, e como o objectivo, por detrás dessa tralha verbal tecnocrática, é só despedir, vem agora dizer que "precisamos de transformar o Sistema de Mobilidade Especial num novo Sistema de Requalificação da Administração Pública, com o objectivo de promover a requalificação dos trabalhadores em funções públicas, através de ações de formação". Poderíamos dizer que teria havido um progresso, visto que se pretendia apenas "requalificar" os trabalhadores. Mas se é assim por que é que a frase seguinte é "... e da introdução de um período máximo de 18 meses de permanência nessa condição, pois não é justo para a pessoa, nem é boa administração do Estado, perpetuar uma situação remuneratória que já não tem justificação laboral", ou seja "requalificar" significa despedir? Estes jogos de palavras orwellianos são tão habituais neste Governo como respirar. E eles estão ofegantes.

É uma descrição dura e desapiedada a que faço? Ainda me parece mole e meiga, porque a dimensão de Guignol, de engano, de dolo, de nos querer tomar por tolos, é compulsiva. Não é para levar a sério, mas é muito sério. É muito sério porque disto tudo fica um resíduo, um rasto, uma saliva marcando as paredes, uma babugem qualquer, de medidas, ordens avulsas, leis e directivas, despachos que destroem sem sentido a vida a muitas pessoas que estão a pagar um tributo demasiado caro à vaidade do dr. Portas, ao profetismo ignorante de Passos Coelho, à obstinação tecnocrática de Gaspar, ao servilismo dos deputados do PSD e do CDS, e à cumplicidade de muitos interesses. Esse tributo, que vai ser inútil porque dele não virá qualquer adquirido para os problemas do país, torna este Guignol criminoso. 

E não me venham com desculpas, nada disto tem a ver com o facto de haver uma coligação, nada disto mostra inteligência, mas apenas esperteza, nada disto mostra qualquer preocupação com o país, mas apenas instinto de sobrevivência eleitoral, nada disto mostra qualquer sentido de Estado mas apenas truques de imagem mediáticos, nada disto tem a ver com Portugal nem com os portugueses, mas com um sistema político corrompido pela sua ruptura com o povo e a nação. Guignol por Guignol prefiro o verdadeiro."

O "memorando era o programa do PSD", como disse Passos Coelho, impante da sua importância e papel como sendo aquele que iria mudar a face do país, da economia, o grande modernizador, que iria combater os "vícios do passado" e os maus hábitos dos portugueses, cheios de direitos e "pieguice". O conteúdo das suas declarações iniciais, utópicas e proféticas, encontrou em Gaspar o típico executor burocrático que era suposto trazer a eficácia da tecnocracia para a prossecução da "revolução". Gaspar acabou por ser o Mestre e não o Executor, mas isso também era previsível. 

As opções radicais, milenares e proféticas, implicaram um excesso de zelo e uma pressa de rolo compressor, tentando esmagar a "velha" economia e os "velhos" hábitos o mais rápido e violentamente possível, para depois, sobre as ruínas, se erguer o Portugal disciplinado, competitivo e alemão. Por isso, nenhum acordo com o PS, nenhum sério envolvimento dos parceiros sociais, nenhum esforço de "consenso" tinham sentido. Era um programa para os fiéis sem dúvidas, obstinados e cegos a tudo o que não fosse o "ir para além da troika", "custe o que custar". E os fracos como o PS, os sindicatos e mesmo as confederações patronais, tinham de ser postos à margem porque não eram confiáveis. Ficavam apenas, dentro do círculo do poder, o sector financeiro, e a elite dos "sempre os mesmos", que circulavam de governo para governo, da banca, das consultoras financeiras e dos grandes escritórios de advogados. Mas isso era natural, porque o "programa" da troika e de Passos Coelho era o deles. "

José Pacheco Pereira

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A mercearia - 15


Escrevo no dia em que se comemora o Dia do Trabalhador; para mim, o feriado que mais se deve assinalar nos estados livres e de direito democrático porque, se se vive do trabalho e para o trabalho – é discutível a tributação do trabalho mas isso é tema para outra discussão, não tendo lugar nesta crónica -, se é à custa dos rendimentos do trabalho que as populações têm melhores condições de vida, que se pode construir um estado-social, mais justo e coeso, é, no meu ponto de vista, um dia a ser assinalado.
Um dia que deve ser comemorado pelas pessoas e as suas famílias, com os amigos, com os colegas de profissão mas sem o corporativismo de outrora, lembrando comemorações pouco livres como as paradas em Berlim Oriental, Moscovo, Pequim e um pouco espalhadas por todas as ditas democracias populares.
Na semana em que se comemora o Dia do Trabalhador, sendo para mim o feriado dos estados livres e de direito democrático, comemorou-se o dia mais importante do século XX português: o 25 de Abril de 1974 – sendo que a liberdade, apesar da Revolução, só é completamente instaurada com o 25 de Novembro, devido à audácia de um grupo de militares, politicamente apoiados pelo PSD, PS e CDS que, durante mais de um ano, lutou por instaurar um sistema democrático, representando todos os portugueses de igual forma, com sufrágio livre e universal, terminando com todo o tipo de polícias políticas, colocando os militares nos quartéis e estabelecendo a ordem institucional.
O 25 de Abril foi o dia da alteração do regime, caminhando-se para a liberdade. Para a revolução acontecer e para ter tido o sucesso que teve, deve-se, em grande parte, ao PCP, à extrema-esquerda, aos católicos progressistas e à maçonaria que, ao longo de muitos anos no período anterior ao dia que se comemora, utilizando o associativismo e publicações clandestinas, incutiram ideais de liberdade e contestação num povo amordaçado.
Este papel foi fundamental para o sucesso da revolução: acender um fósforo numa floresta húmida, não causa nenhum dano; contudo, se for capim, as proporções são muito diferentes. Felizmente o capim ardeu, levando consigo o fósforo.
No período seguinte, Sá Carneiro, Mário Soares, Eanes, Adelino Amaro da Costa, apenas para citar alguns, foram de vital importância para o estabelecimento da ordem institucional e da entrada de Portugal no grande projecto europeu de caminho para a paz e a prosperidade económica e social que é a Comunidade Europeia.
Após isso, Cavaco Silva – o melhor Primeiro Ministro que Portugal conheceu – cumpriu algo fundamental num estado livre: a devolução das empresas aos empresários e a abertura da comunicação-social, TV, aos privados. O estado deve ter um papel activo na defesa, justiça e ordem pública, saúde, educação, solidariedade-social e, em algumas aspectos, um papel regulador. Em tudo o resto deverá sair e dar “liberdade ao risco”, à visão estratégica dos empresários e dos seus funcionários.
Ou seja, a liberdade foi conquistada por todos e todos tiveram um papel importante na sua conquista. Assim foi e assim é sendo, por isso, o 25 de Abril o dia de todos e não apenas o dia de algumas forças, o dia de algumas pessoas.
Falta cumprir Abril? Falta: precisamos de um sistema de justiça mais célere, necessitamos de uma real separação dos poderes, é necessária uma responsabilização da população e dos seus governantes pela preservação do bem-publico.
Contudo, o 25 de Abril foi em 1974, sendo que a Carta Magna foi escrita em 1215: o nosso sistema é jovem sendo nós, por isso mesmo, merecedores de confiança e respeito por tudo o que fizemos e alcançamos em tão pouco tempo.
Todas estas razões são motivo de orgulho e, os dois feriados, deveriam ser aproveitados para: festejar a liberdade de opção e a liberdade de imprensa, festejar o direito ao voto, festejar o direito ao trabalho, festejar o direito de se fazer parte de uma sociedade que se pretende justa. Abraçar o amigo, o vizinho, o desconhecido. Apontar os defeitos do sistema mas honrá-los.
Todos somos importantes na sociedade e é em liberdade que mais se sente isso. Portanto, nos festejos, deverá estar o rico e o pobre, o patrão e o empregado, a esquerda e a direita, o polícia e o ladrão, o operário e o contabilista, o camponês e o advogado, o mecânico e o actor, etc., todos por igual.

A mercearia - 14


Como todos sabem sou um desportista assíduo, federado, que, além das provas de automobilismo e por forma a obter a condição física necessária para ter níveis de desgaste físico e concentração dentro dos parâmetros ditos aceitáveis, pratico outros desportos.
Este gosto pelo desporto vem desde muito novo – fui para a natação ainda antes dos dois anos, na Escola Livre de Azeméis, pratiquei ténis durante nove anos, no CTA, joguei basquete, na Oliveirense, andei na equitação e ingressei no automobilismo- e foi encarado como tradição familiar: o Avô Heitor foi dirigente da Oliveirense; o Tio Aníbal foi campeão no ténis, pela Oliveirense, campeão no basquete, pela Académica de Coimbra, médico do Sporting e do Comité Olímpico Português; o Tio Simplício foi campeão de ténis, pela Oliveirense; o Pai foi atleta da Mocidade Portuguesa (numa altura em que quase todos os jovens teriam que pertencer à propaganda do Estado, quer quisessem ou não), da Oliveirense, da Escola Livre, do CTA, dirigente, também, do CTA; o Tio Zé Manel foi, até há bem pouco tempo, dirigente do Sporting. Ou seja, eu cresci a ouvir falar de desporto e prática desportiva, entre jogos ao ar-livre, balneários, tardes de domingo a ver a RTP 2, etc..
Por tudo isto, sempre considerei o desporto como um factor agregador da sociedade, de inclusão, onde, após o árbitro soar o apito, o semáforo passar a verde ou após a “moeda ao ar”, não há ricos nem pobres, não há brancos pretos ou amarelos, não há quezílias, não há diferenças. O que existe, a partir desse momento, é tão e só a vontade de ganhar, de ser o primeiro, de levar para casa os louros; tudo dentro das regras, do desportivismo e da camaradagem.
Assim, o desporto incute nas pessoas o espírito guerreiro e de conquista mas, também, a compreensão, a amizade, o respeito, a hierarquia, a lei. Ajuda-nos a sermos educados, a tratar todos de igual para igual, a compreender a função de cada um dentro de uma equipa e a reconhecer o valor do mecânico e do ponta-de-lança, ambos importantes, ambos vencedores e ambos derrotados.
O desporto, pelo que descrevi anteriormente, assume uma função vital na educação dos jovens e adultos porque é um caminho de compreensão e reconhecimento, que leva os povos à paz. Os Jogos Olímpicos foram, são, e espero que continuem a ser, durante muitos séculos, os jogos da paz e do intercâmbio mundial de culturas, raças e religiões.
É fundamental educar os nossos jovens – especialmente em alturas de grave crise financeira, económica, social e cultural – no respeito e compreensão pelo próximo, com base no desporto, de forma que todos possam conviver pacificamente. Por isso, é fundamental a criação de um plano de Desporto Escolar, é fundamental os clubes e as associações terem um papel educador/ integrador dos jovens, assumindo um papel social da comunidade.
Neste aspecto, a GEDAZ integrou um projecto europeu – Elys – que visou trazer para as escolas de Oliveira de Azeméis boas práticas desportivas, promovendo uma cultura desportiva com o apoio das famílias, fazer prevalecer o fairplay.
A GEDAZ, apesar dos momentos difíceis por que passam as empresas municipais por todo o país, não deixa de exercer o seu papel no desporto oliveirense, fulcral para a toda a sociedade.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Acabado de chegar a Portugal...

... digam-me uma coisa porque eu ainda não percebi:

vamos ter eleições em breve?


















Ou já foram?

quinta-feira, 25 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

Serviço-público

O direito à informação está consagrado a todos os portugueses. É serviço-público dar essa informação.
Joaquim Vieira fê-lo.

domingo, 14 de abril de 2013

e a Merkel

"Estou, Zé? É a Ângela! Eu sempre te apoiei, tu sabes."

JP Sá Couto ainda mexe

É com um sorriso, quiçá beneplácito da sua vontade, que Cristina Esteves ouve Sócrates gabar-se do seu Magalhães, um sucesso na Venezuela, em toda a América do Sul e também na polícia inglesa.
Será que sou só eu que não vejo grande utilidade/ inovação na coisa?!

A mercearia - 13


Eu gosto de cidades e, de igual forma, gosto de aldeias e pequenas vilas. Não gosto das duas por igual ao mesmo tempo porque não me consigo refugiar nelas em tempos iguais. O que eu não gosto, mesmo nada, são cidades que parecem aldeias, que perderam – ou nunca tiveram – o cosmopolitismo necessário para ser cidade ou, de igual forma, aldeias que mais parecem cidades, que ao invés de um baixo casario apresentam construções em altura e uma vivência plástica. Neste caso passamos de uma rusticidade típica a um provincianismo bacoco, tentando imitar – mal – o que se passa “lá fora”.

As cidades, as verdadeiras, as cosmopolitas, que têm história a trespassar as ruas, são caracterizadas pelas enormes opções de trabalho, cultura, diversão, recriação e espaços verdes. Centremo-nos aqui, nos espaços de lazer e diversão arborizados, de extrema importância para renovar o ar atmosférico, criar zonas de sombra nos meses mais quentes e capazes de albergar pequenos pássaros.

Se pensarmos na cidade mais próxima de Oliveira de Azeméis, o Porto, temos bairros típicos que contêm pequenos jardins e zonas arborizadas. É assim em S. Lázaro, na Cordoaria, o Palácio de Cristal, a Praça Francisco Sá Carneiro, Praça de Liége, Arca d´Água, Praça da República, etc.. Só depois surgiu o Parque da Cidade.

Se pensarmos em Lisboa, entendemos a cidade de igual forma, com pequenos jardins que vão desde Campo de Ourique à zona reabilitada da Expo, sem esquecer, claro está, Monsanto.

Por esse mundo fora, cidades como Londres, Berlim, Karslruhe, Bruxelas, Brasília, Washington, Oslo, etc., têm pequenos jardins, pequenos espaços de lazer, por cada bairro.

Retomando a nossa pequena escala oliveirense, foi apresentado pela Câmara Municipal o projecto Parque dos 11, que visa a reabilitação da Feira dos 11: um espaço outrora importante para o comércio oliveirense mas desde há muitos anos transformado num parque de estacionamento desordenado, cheio de equipamentos avulsos e com árvores em avançado estado de degradação, que apenas por sorte, não provocaram um acidente, tendo sido necessário o seu abate.

O projecto apresentado para o Parque dos 11 tem como conceito principal a vivência ao ar livre e a prática desportiva, interligado através de um percurso associado a um ginásio e a um circuito de manutenção. Terá um grande espaço relvado, sendo uma área multiusos capaz de albergar várias funções – lazer, estadia e recreio. Para contemplação, uma grande banqueta, permitindo uma visão periférica de todo o espaço.

O que foi proposto e debatido foi uma requalificação do actual espaço, tendo em conta o período de audição pública que decorreu até 15 de Março, criando pela primeira vez um verdadeiro espaço de lazer naquela zona da cidade, contemplando o uso dos outros equipamentos aí existentes, e pensado nas pessoas.

Serão plantadas o dobro das árvores que existiam, Bétula Alba, uma espécie autóctone, portuguesa. Serão igualmente plantados hydrangeas e cornos alba, que darão ao parque tonalidades brancas, na primavera, e avermelhadas no outono. O espaço será intervencionado e dará vida a Oliveira de Azeméis!

Ficou-se também a saber que a médio prazo os passeios da cidade serão repensados, intervencionados e arborizados, por forma a dar beleza à cidade e a criar pontos de ligação entre os vários espaços verdes, como sejam o Parque dos 11, o Jardim Público, Praça da Cidade, Av. D. Maria, a Alameda em frente à Escola Soares de Basto e, claro está o ex-libris, Parque de La-Salette.

Neste conjunto de espaços intervencionados, não podemos esquecer igualmente as margens do rio Caima, em Palmaz, o Parque Molinológico de Ul, espaços intervencionados em S. Roque, a praça em Carregosa, etc..

Ou seja, Oliveira de Azeméis, a cidade e o concelho, estão a criar pequenos espaços verdes que têm a capacidade de proporcionar momentos de lazer em família, contemplação da natureza e a prática desportiva, a exemplo das grandes cidades mundiais.

Após esta intervenção e os melhoramentos que se pretendem nas ruas e passeios, Oliveira de Azeméis poderá pensar num Parque da Cidade, a exemplo do Porto, a exemplo de Lisboa e de outras cidades. Só o deverá fazer nessa altura porque caso contrário poderá cair num provincianismo bacoco, visto bem perto de nós, de termos cidades com grandes parques da cidade mas não existindo espaços de proximidade com as zonas residenciais.

Na mesma semana que a arquitecta Maria Luís Gonçalves, em nome dos técnicos da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, apresentou o projecto Parque dos 11, Gonçalo Ribeiro Telles, o mais conhecido e conceituado arquitecto paisagista português foi galardoado com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, o “Nobel” da arquitectura paisagista. Este prémio, que deve enobrecer todos os portugueses, é a prova do valor dos nossos arquitectos e das nossas escolas de arquitectura e mostra, também, como a organização do território contemplando espaços de lazer em comunhão com a natureza é cada vez mais actual.

Para terminar apenas duas notas: a primeira, de apreço, para com Leonel Martins da Silva, uma voz sempre a ter em conta no universo socialista oliveirense, que ouviu a explicação do projecto, parabenizou-a e deu sugestões válidas para o médio-prazo.

Em sentido inverso, depois de tanta tinta que correu nos jornais e caracteres gastos no Facebook e Twitter, não vi na sala nenhum dos “grandes oliveirenses”  que falaram de tempos idos – da sua meninice e juventude, do preservar a memória histórica de um povo nem que fosse apenas um “cancro” na cidade-, que criticaram a Câmara Municipal pelo abate das árvores, que disseram cobras e lagartos do poder executivo camarário. Ninguém. Afinal, nunca lhes ocorreu no pensamento a melhoria da Feira dos 11, nunca a segurança pública oliveirense foi motivo de preocupação: o que fizeram foi, tão e só, escárnio e maledicência gratuita, numa necessidade atroz de serem do contra e de aparecerem na comunicação a dizer qualquer coisinha.

Duas coisas que não combinam na mesma frase

António José Seguro afirma que tem um apoio genuíno dos socialistas, quando obtém 96 % dos votos.
Isto é algo típico nas ditaduras, não nas instituições democráticas.