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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A mercearia - 17


Estamos a poucas horas de se iniciar um dos eventos mais marcantes da sociedade oliveirense, que se realiza há já muitos anos, tendo como função revisitar modas e costumes de outrora, dando a conhecer os sabores tradicionais, numa estreita colaboração com associativismo do concelho. Refiro-me, como podem imaginar, ao “Mercado à Moda Antiga”.
Falamos de um evento que começou por carolice, de dimensão local, com a força de vontade da GRACC e que, em boa hora, foi apadrinhado pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.
A estratégia da Câmara Municipal, assumindo o Vereador responsável pela área do Turismo um papel fundamental, foi o de transformar um evento local num evento supralocal, atravessando várias fronteiras. Nos últimos anos foi feito um esforço nesse sentido, mediatizando o “ Mercado à Moda Antiga”.
Para isso, em colaboração estreita com o Turismo Porto e Norte, a divulgação do evento nas lojas de Vigo (Espanha) do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, dando a conhecer aos estrangeiros Oliveira de Azeméis e as suas actividades; a presença na BTL – o certame mais importante do país no que diz respeito ao turismo. A presença de promotores nos mercados do Bolhão e Aveiro, assim como na Estação de S. Bento e na Ribeira de Gaia.
No contacto directo com o público, além de todas estas acções, é de primordial importância a internet, a imprensa escrita e a televisão.
Também aqui foi feita uma grande aposta nos dois últimos anos, e toda a gente fala do “Mercado à Moda Antiga” em Oliveira de Azeméis.
Como garantia de sucesso, para os oliveirenses mais cépticos, fica o caso da Abreu. A Abreu é uma empresa centenária que tem como core business as viagens e o turismo. Este ano, pela primeira vez, a Abreu criou pacotes especiais para trazer turistas a Oliveira de Azeméis, ao “Mercado à Moda Antiga”.
Se uma empresa – que vive da visão e risco da sua administração, com vista a dar lucros – aposta neste nosso produto, é porque ele está bem pensado, estruturado, organizado, acrescenta valor e tem potencial para o futuro.
Não sei quais são as expectativas da Abreu e dos dois hotéis a ela associados; podem contar com uma visita ou cem visitas. Para mim, a primeira família a vir a Oliveira de Azeméis através deste pacote já é uma vitória porque nos indica que o caminho é válido.      
É com este tipo de eventos – como, também, a “ Noite Branca”, “Volta a Portugal em Bicicleta”, “ Mundial de Futsal”, etc. - que, em conjunto com os produtos que se fabricam em Oliveira de Azeméis, podemos falar da “Marca Azeméis”.
Oliveira de Azeméis apresenta-se com um grande centro industrial – moldes, calçado, agro-alimentar -, um cada vez mais importante centro de ensino – Escola Superior Aveiro Norte, Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha, etc. -, e, também, como um polo turístico na região Entre Douro e Vouga.  
Ao ver todas estas potencialidades, apenas tenho pena de a linha do Vale do Vouga não ser aproveitada pela Metro do Porto por forma a transportar (diariamente) muito mais pessoas ou não ser aproveitada como uma linha turística, utilizando, a exemplo de muitos países da Europa, as velhas locomotivas a carvão.
Com qualquer uma destas soluções, certamente, Oliveira de Azeméis teria mais um motivo para mais pessoas poderem vir ao Mercado (ou para o trabalho). No entanto esse é tema para outra discussão, num outro local.
Desejo a todos um excelente “Mercado à Moda Antiga”. Por lá nos encontramos!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Azeméis com crescimento sustentado - IV

Para quarto e último texto sobre o crescimento sustentado em Oliveira de Azeméis, sobre as oportunidades criadas pelo poder político e a forma como os empresários oliveirenses as aproveitaram em prol do desenvolvimento local e a melhoria das condições de vida dos oliveirenses, ficou o turismo.
Desde os idos anos 90, com Alfredo César Torres como Secretário de Estado do Turismo, lançando a campanha " Vá para fora cá dentro", que Portugal começou a olhar para o turismo como uma indústria capaz de gerar receitas visíveis. Já existia essa experiência da época do Estado Novo mas só em locais muito específicos como o Estoril e a ilha da Madeira. O Algarve veio mais tarde, pelo rasgo de Cupertino de Miranda e André Jordan.
O que fez César Torres foi catapultar as capacidades turísticas de todo o país pois previa-se um intenso desenvolvimento económico nesta área específica. César Torres tinha a grande vantagem de, como ex-piloto de automóveis e como organizador das grandes provas automobilísticas em Portugal, como sendo o Rali de Portugal Vinho do Porto, conhecer o país de lés-a-lés, por carro, por estradas inenarráveis de tão duras que eram, mas que passavam por aldeias cristalizadas no tempo, por paisagens que hoje em dia são património mundial da humanidade e dando a conhecer a gastronomia das regiões.
Comecei por referir a visão de César Torres porque a podemos transpor para Oliveira de Azeméis e podemos facilmente observar que tudo aquilo que César Torres descobriu em Portugal e que foi capaz de dinamizar uma campanha, existe em Oliveira de Azeméis e, acredito, seja capaz de dinamizar os oliveirenses em torno da sua terra, potenciando a qualidade dos serviços e trazendo mais visitas de pessoas da região.
Oliveira de Azeméis tem actualmente um Parque Molinológico em Ul, onde os visitantes podem apreciar a beleza dos moinhos, aprender como se faz o famoso pão-de-Ul e provar esta iguaria juntamente com a regueifa. Além disto, Ul vai ser considerada Aldeia de Portugal.
No centro de Oliveira de Azeméis mistura-se, por exemplo, o traço do Arquitecto Siza Vieira, a presença milenar de um marco romano, a Galeria Tomás Costa e um stick de hóquei, edificado durante o Mundo de 2003 e que está no Livro Guinness por ser o maior do mundo.
No topo de Oliveira de Azeméis, uma capela em Art Deco, rodeada por árvores exóticas trazidas pelos emigrantes no Brasil: Muitas das árvores que florescem no Parque de La-Salette são únicas na Europa.
A Sudeste do concelho, em Palmaz, é possível caminhar pelas margens do Caima e, subindo até à freguesia de Ossela, deparamo-nos com a casa onde nasceu Ferreira de Castro.
A resposta hoteleira por todo o concelho é do mais alto nível, com o hotel rural em Palmaz, o hotel Dighton em Oliveira de Azeméis, e muitos restaurantes e tasquinhas, desde Loureiro a Cucujães, passando por Cesár, Cidacos, Ul, Fajões, Santiago, S. Roque e por aí fora...
Na gastronomia, além do pão e da regueifa de Ul, do queijo e da cerveja de Ossela, dos Beijinhos de Azeméis, Zamacóis ou os Formigos Cesarenses, o ex-libris são as Papas de S. Miguel, feitas de farinha de milho, nabiça e carne em vinha-de-alhos, tendo já uma confraria que honra e mantém a tradição deste prato típico.
Esta é a capacidade instalada do concelho de Oliveira de Azeméis, no que toca ao turismo.
No entanto, como promoção do concelho, por estratégia, por forma a dar voz a todas estas singularidades, há a aposta constante em eventos que potenciam as tradições.
Eventos como a Volta a Portugal em Bicicleta, o Mercado à Moda Antiga, Noite Branca, a transmissão de programas de grande audiência a partir de Oliveira de Azeméis, como sendo a Praça da Alegria e o Portugal no Coração, a presença do concelho na Bolsa de Turismo de Lisboa e em demais eventos relacionados turismo regional, como foi, por exemplo, a presença na loja do Turismo Porto e Norte, no aeroporto Francisco Sá  Carneiro, entre muitos outros.
Mais uma vez, aos oliveirenses, foram dadas ferramentas úteis para que possam desenvolver a actividade económica do turismo, com isso, valor e mais oportunidades de emprego.
No meu entender existem apenas duas lacunas que poderiam catapultar ainda mais o turismo oliveirense: a criação de um verdadeiro museu - regional ou em honra dos artistas locais como o Paulo Neves ou o Luís Darocha - e a melhoria da ligação a Espinho/ Porto através da modernização e optimização da linha do Vouga.
Termino como o fiz há dias: apesar da crise e das dificuldades, Oliveira de Azeméis tem gente audaz e trabalhadora, tem meios de desenvolvimento, ferramentas, que nos possibilitam olhar o futuro com esperança, numa perspectiva de consolidação económica e que trará melhores condições de vida a todos.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Em prol do turismo

Uma boa notícia, esperando que a medida se concretize.
Se se gastam tantos milhões de euros por ano em campanhas do Turismo de Portugal por esse mundo fora, vendendo um país à beira mar plantado como um excelente destino de férias de praia, serra, gastronómicas, desportivas, etc., será bom que os turistas que chegam até nós de carro consigam circular pelo país livremente, de forma descomplicada e confortável.
Assim sendo, ou colocam portageiros para o pagamento ser realizado na hora e em dinheiro ou não emitam multas a carros de matrícula estrangeira.
Espero que não se esqueçam que não é só o Algarve que necessita de tais medidas mas também o Alto-Minho e a ligação da A25 que liga Vilar Formoso a Aveiro - a praia mais próxima de Salamanca e onde muitos espanhóis têm a sua casa de férias.

quinta-feira, 8 de março de 2012

ou ainda...

"aos olhos, perfeito"

No seguimento do post anterior...

"Aos olhos, perfeito"

Herança socrática, mais uma

Sou consultor de empresas e, como muitos colegas, tenho clientes em Lisboa, Porto, Aveiro, Braga... e também tenho a sorte de ter clientes em locais tão distantes e interessantes como a Régua, Portalegre, Felgueiras, Ponte de Sôr, etc..
Sorte porque é um prazer percorrer quilómetros pelo país, vendo paisagens tão díspares e tão belas, contactar com pessoas tão diferentes que me fazem ter orgulho de ser português.
Ao percorrer o país de uma ponta a outra, pelo litoral ou pelo interior, tenho percepção das capacidades turísticas que podemos oferecer devido a aldeias cristalizadas no interior alentejano, o Douro património mundial, as Portas de Ródão que abrem Portugal ao Tejo, a gastronomia, diversidade e, sobretudo, gente simpática!
Ao percorrer o país de uma ponta a outra, por autoestradas quase desertas, o que se vê no topo dos montes? Ventoinhas!
De Viseu a Vila Real, cruzando o Douro, não deve haver um único espaço sem ventoinhas. De Pombal a Castelo Branco, idem. No Marão, a mesma coisa. Quando se está no topo de Revinhade e se olha em volta para a Cabreira e para o Gerês, a mesma coisa. Na Freita, a fronteira do litoral com o interior em Aveiro, igual. Sair de Lisboa para a Região do Oeste e a companhia mantem-se.
Não sou ambientalista e considero que se devem aproveitar os recursos naturais a bem da economia do país.
No entanto, quando vejo a revista da RyanAir com uma artigo que diz que "namorar em Portugal é em Vila Verde", uma excelente promoção ao interior transmontano feita pelo Turismo do Porto e Norte, penso naquilo que os turistas vão ver até chegarem ao destino: ventoinhas.
O que seria mais lucrativo para o país? Energia eólica ou paisagens únicas em todo o mundo, com a menor intervenção do Homem, em que é possível olhar o céu e ver estrelas, ouvir os grilos e os pássaros, acordar com as ovelhas a irem pastar ao campo, coisas que um turista berlinense, londrino, nova iorquino, moscovita, paulista, parisiense não encontra na sua terra?!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A obra brilhante de Sócrates - II ( uma das!)

Nem consigo imaginar o que estariam agora a passar os passageiros que embarcam em Faro se não tivessem oportunidade de o fazer através de Beja: estariam ao frio, à chuva, sem condições horas a fio.
Ainda bem que as modernas instalações alentejanas conseguiram por cobro a uma situação que poderia ser muito má para a imagem de Portugal no estrangeiro, dada a quantidade de voos que aterram e partem de Faro com destino ao norte da Europa.