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quinta-feira, 8 de março de 2012

ou ainda...

"aos olhos, perfeito"

No seguimento do post anterior...

"Aos olhos, perfeito"

Herança socrática, mais uma

Sou consultor de empresas e, como muitos colegas, tenho clientes em Lisboa, Porto, Aveiro, Braga... e também tenho a sorte de ter clientes em locais tão distantes e interessantes como a Régua, Portalegre, Felgueiras, Ponte de Sôr, etc..
Sorte porque é um prazer percorrer quilómetros pelo país, vendo paisagens tão díspares e tão belas, contactar com pessoas tão diferentes que me fazem ter orgulho de ser português.
Ao percorrer o país de uma ponta a outra, pelo litoral ou pelo interior, tenho percepção das capacidades turísticas que podemos oferecer devido a aldeias cristalizadas no interior alentejano, o Douro património mundial, as Portas de Ródão que abrem Portugal ao Tejo, a gastronomia, diversidade e, sobretudo, gente simpática!
Ao percorrer o país de uma ponta a outra, por autoestradas quase desertas, o que se vê no topo dos montes? Ventoinhas!
De Viseu a Vila Real, cruzando o Douro, não deve haver um único espaço sem ventoinhas. De Pombal a Castelo Branco, idem. No Marão, a mesma coisa. Quando se está no topo de Revinhade e se olha em volta para a Cabreira e para o Gerês, a mesma coisa. Na Freita, a fronteira do litoral com o interior em Aveiro, igual. Sair de Lisboa para a Região do Oeste e a companhia mantem-se.
Não sou ambientalista e considero que se devem aproveitar os recursos naturais a bem da economia do país.
No entanto, quando vejo a revista da RyanAir com uma artigo que diz que "namorar em Portugal é em Vila Verde", uma excelente promoção ao interior transmontano feita pelo Turismo do Porto e Norte, penso naquilo que os turistas vão ver até chegarem ao destino: ventoinhas.
O que seria mais lucrativo para o país? Energia eólica ou paisagens únicas em todo o mundo, com a menor intervenção do Homem, em que é possível olhar o céu e ver estrelas, ouvir os grilos e os pássaros, acordar com as ovelhas a irem pastar ao campo, coisas que um turista berlinense, londrino, nova iorquino, moscovita, paulista, parisiense não encontra na sua terra?!