Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 1 de março de 2013

Os palhaços e a democracia europeia


"Para irmos diretos ao assunto, não há qualquer dúvida de que os palhaços lucram bastante com a balbúrdia que vai na Europa. Viu-se na Itália e ver-se-á em todos os países onde descomprometidos com o sistema político façam promessas irrealizáveis, demagógicas e absurdas. Podem ser palhaços propriamente ditos, como Beppe Grillo, ou partidos extra-sistema, à esquerda e à direita.
A crise de valores que está na origem da crise financeira, que por sua vez originou a crise económica, que ditou a crise social que agora impõe a crise política - ah! como é bom saber História para reconhecer esta cíclica sucessão de fenómenos que, cada vez que é superada, se jura ser a última - dita este tipo de comportamentos. Como aqui já escrevi, as emoções tomam o palco da razão e o caldo fica entornado.
Mas há uns senhores que nunca mudam. Estão em Bruxelas. Paul De Grauwe, um reputado economista belga que ensinou em Lovaina e está agora na London School of Economics, salienta que esta situação é insustentável. "As consequências políticas da austeridade, que foram aplicadas pelo governo Monti, permitem que as instituições europeias que as impuseram se mantenham" diz de Grauwe ao Wall Street Journal. Na verdade, como se tem visto um pouco por todo o lado, os governos mudam na periferia mas o centro (Bruxelas) não lhes permite alterar a política. Esta situação, acrescenta De Grauwe, "é insustentável, tem de ser abandonada ou alterada nos seus fundamentos".
Como se diz em Espanha, é possível dizê-lo mais alto, mas não mais claro. O assunto tornou-se demasiado sério para ser comandado apenas por economistas. É na política e - sublinhe-se - na política democrática ao nível europeu que as coisas têm de ser jogadas. Se na própria União Europeia não se derem passos firmes e rápidos no sentido de uma maior democratização, temos a Europa entregue a palhaços, a fascistas e a radicais. No fundo, às versões pós-modernas do que já conhecemos tão bem na História do Velho Continente."

Henrique Monteiro in Expresso

sábado, 19 de janeiro de 2013

Graças a Deus temos aeroporto em Beja

A TAP, na sua página do Facebook, escreveu:

"Os fortes ventos e chuva intensa que se fazem sentir em Portugal estão a provocar fortes restrições à operação nos aeroportos de Portugal continental, nomeadamente Lisboa. Devido a estas restrições, alguns voos com destino a Lisboa tiveram de divergir para aeroportos em Espanha, sendo previsível que durante as próximas horas mais voos com destino a Lisboa tenham de aterrar em aeroportos alternativos. A informação será actualizada logo que possível."

Ao qual eu digo: ainda bem que temos aeroporto em Beja, esperando eu que os ventos na planície alentejana sejam mais amenos. Caso contrário lá terão que ir voos para Vigo, Madrid, etc.. 

domingo, 25 de novembro de 2012

Catalunha independente? E a Europa?!

A SIC Notícias indica em rodapé que os independentistas da CiU são os vencedores das eleições na Catalunha.
Aproveito este momento para relembrar um texto que escrevi no 1 de Dezembro de 2010.

terça-feira, 3 de julho de 2012

É este o país que temos - II

Há dias referi " É este o país que temos" falando de atendados contra a liberdade imprensa e de informação, focando-me em casos políticos. É triste e parece que ninguém se importa com o caso.
Infelizmente temos no mesmo país casos de excesso de informação, apelidados de notícia, e que nada acrescentam à vida democrática e cívica de uma nação.
Recentemente, com o Europeu de Futebol, tal foi bem visível com as televisões a darem muito mais do que seria normal e salutar, que eram os 90 minutos de jogo.
Inventam-se novos protagonistas: desde adeptos anónimos a comentarem a prestação das equipas até VIP´s a fazerem o mesmo, como se possuíssem algum curso de treinador. Mas, mesmo assim, e desde que não seja a RTP com o dinheiro dos contribuintes a fazer isso, até aceito.
Mais grave, ridículo até, é dar voz a quem não a deve ter, a pessoas que pela sua actuação e pelo papel que têm, deverão ter uma vida resguardada. Falo concretamente de Pedro Proença.
Um árbitro está para uma modalidade como um juiz para um caso em tribunal: é fundamental para o bom desenrolar do processo e que faça cumprir a lei. Fora isso, não deverá ter mais intervenções.
Quando um juiz se quer fazer ouvir fora do seu tribunal ou um árbitro fora das quatro linhas é mau sinal, muito mau sinal.
Pedro Proença, depois da verborreia no aeroporto foi entrevistado na SIC. Começa a entrevista a afirmar-se como desportista (?) para, de seguida, dizer que é uma honra estar no centro do relvado a representar uma nação.
Quem estava no centro do terreno para representar uma nação eram os jogadores de Espanha e Itália. O arbitro veste uma roupa neutra - que não é de nenhuma selecção - e está ali para fazer cumprir a lei. Os adeptos não querem saber de onde é que ele é, apenas querem que faça um trabalho correcto.
Num ápice disse, com algum revanchismo, que a presença dele na final da Champions e do Campeonato da Europa é uma "bofetada de luva branca" à justiça portuguesa e ao caso Apito Dourado, saltando depois para um ar de coitadinho de "só falam de nós quando erramos".
Fala da sua profissão e do seu hobbie, indicando que monetária é dificil ser árbitro em Portugal. Será que mais fácil ser mecânico, trolha, mineiro, desempregado?!
Deixo para ultimo a verdadeira razão para escrever este texto: a sua queixinha por não ter ninguém do governo na sua partida e na sua chegada. Pergunto: e uma estátua, não?!
O Secretário de Estado do Desporto e demais entidades deverão estar do lado dos atletas, das pessoas do espectáculo, acarinhando-as e agraciando-as porque, quer se goste quer não, representam o país. Fora isso, são atitudes bacocas. Felizmente que Alexandre Mestre não é bacoco.
Se se fizesse aquilo que Pedro Proença queria que fosse feito com ele, que estivesse alguém do governo à sua espera no aeroporto, digo que sempre que Eduardo Freitas ou Nuno Esteves são directores de corrida no Campeonato do Mundo de Carros de Turismo ou nas Le Mans Series deveria estar alguém do governo lá. Sempre que um árbitro de ténis português estiver na final de um Grand Slam, deveria estar lá alguém do governo. Sempre que um árbitro de hóquei for chamado para uma final internacional, deveria estar lá alguém do governo. E por aí fora.
Se se fizesse aquilo que Pedro Proença pretendia e se fosse utilizado um critério de igualdade, seria melhor o governo marcar as reuniões de Conselhos de Ministros para o aeroporto da Portela porque nunca iriam sair de lá, dado a quantidade de modalidades em que somos justos e correctos a avaliar o cumprimento da lei por parte dos atletas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Em prol do turismo

Uma boa notícia, esperando que a medida se concretize.
Se se gastam tantos milhões de euros por ano em campanhas do Turismo de Portugal por esse mundo fora, vendendo um país à beira mar plantado como um excelente destino de férias de praia, serra, gastronómicas, desportivas, etc., será bom que os turistas que chegam até nós de carro consigam circular pelo país livremente, de forma descomplicada e confortável.
Assim sendo, ou colocam portageiros para o pagamento ser realizado na hora e em dinheiro ou não emitam multas a carros de matrícula estrangeira.
Espero que não se esqueçam que não é só o Algarve que necessita de tais medidas mas também o Alto-Minho e a ligação da A25 que liga Vilar Formoso a Aveiro - a praia mais próxima de Salamanca e onde muitos espanhóis têm a sua casa de férias.