sexta-feira, 13 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Ainda sobre o país de Ricardo Rodrigues
"
O ROUBO DA LIBERDADE E DOS GRAVADORES
A SIC apresentou em 2011 uma reportagem sobre um adolescente condenado a longa pena de prisão, acusado de roubar um telemóvel. Não tinha sido ele. Compare-se a justiça brutal nesse caso com a condenação do ladrão de gravadores do PS, o deputado Ricardo Rodrigues, que foi apenas condenado por atentado à liberdade de imprensa e não pelo efectivo furto que concretizou esse atentado. O acto do repugnante deputado, que mantém o lugar, simbolizou a política de media do governo anterior: foi um roubo, sim, e da liberdade de imprensa. Lamentável é que o PS ficasse em silêncio sobre a decisão judicial. O palmarés do PS contra a liberdade de imprensa vai igualando o do seu papel histórico positivo em 1975. "
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domingo, 8 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
É este o país que temos - II

Infelizmente temos no mesmo país casos de excesso de informação, apelidados de notícia, e que nada acrescentam à vida democrática e cívica de uma nação.
Recentemente, com o Europeu de Futebol, tal foi bem visível com as televisões a darem muito mais do que seria normal e salutar, que eram os 90 minutos de jogo.
Inventam-se novos protagonistas: desde adeptos anónimos a comentarem a prestação das equipas até VIP´s a fazerem o mesmo, como se possuíssem algum curso de treinador. Mas, mesmo assim, e desde que não seja a RTP com o dinheiro dos contribuintes a fazer isso, até aceito.
Mais grave, ridículo até, é dar voz a quem não a deve ter, a pessoas que pela sua actuação e pelo papel que têm, deverão ter uma vida resguardada. Falo concretamente de Pedro Proença.
Um árbitro está para uma modalidade como um juiz para um caso em tribunal: é fundamental para o bom desenrolar do processo e que faça cumprir a lei. Fora isso, não deverá ter mais intervenções.
Quando um juiz se quer fazer ouvir fora do seu tribunal ou um árbitro fora das quatro linhas é mau sinal, muito mau sinal.
Pedro Proença, depois da verborreia no aeroporto foi entrevistado na SIC. Começa a entrevista a afirmar-se como desportista (?) para, de seguida, dizer que é uma honra estar no centro do relvado a representar uma nação.
Quem estava no centro do terreno para representar uma nação eram os jogadores de Espanha e Itália. O arbitro veste uma roupa neutra - que não é de nenhuma selecção - e está ali para fazer cumprir a lei. Os adeptos não querem saber de onde é que ele é, apenas querem que faça um trabalho correcto.
Num ápice disse, com algum revanchismo, que a presença dele na final da Champions e do Campeonato da Europa é uma "bofetada de luva branca" à justiça portuguesa e ao caso Apito Dourado, saltando depois para um ar de coitadinho de "só falam de nós quando erramos".
Fala da sua profissão e do seu hobbie, indicando que monetária é dificil ser árbitro em Portugal. Será que mais fácil ser mecânico, trolha, mineiro, desempregado?!
Deixo para ultimo a verdadeira razão para escrever este texto: a sua queixinha por não ter ninguém do governo na sua partida e na sua chegada. Pergunto: e uma estátua, não?!
O Secretário de Estado do Desporto e demais entidades deverão estar do lado dos atletas, das pessoas do espectáculo, acarinhando-as e agraciando-as porque, quer se goste quer não, representam o país. Fora isso, são atitudes bacocas. Felizmente que Alexandre Mestre não é bacoco.
Se se fizesse aquilo que Pedro Proença queria que fosse feito com ele, que estivesse alguém do governo à sua espera no aeroporto, digo que sempre que Eduardo Freitas ou Nuno Esteves são directores de corrida no Campeonato do Mundo de Carros de Turismo ou nas Le Mans Series deveria estar alguém do governo lá. Sempre que um árbitro de ténis português estiver na final de um Grand Slam, deveria estar lá alguém do governo. Sempre que um árbitro de hóquei for chamado para uma final internacional, deveria estar lá alguém do governo. E por aí fora.
Se se fizesse aquilo que Pedro Proença pretendia e se fosse utilizado um critério de igualdade, seria melhor o governo marcar as reuniões de Conselhos de Ministros para o aeroporto da Portela porque nunca iriam sair de lá, dado a quantidade de modalidades em que somos justos e correctos a avaliar o cumprimento da lei por parte dos atletas.
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Não estive na campanha pelo "não", não concordava com muitas opiniões e tomadas de posição de Maria José Nogueira Pinto mas compreendo e concordo com tudo o que Paulo Rangel escreveu neste "jeito de homenagem".
Até sempre.
Até sempre.
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quinta-feira, 28 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
É este o país que temos
Que Portugal é considerado um "país de brandos costumes", já todos sabíamos.
Que vivemos 48 anos debaixo de uma ditadura onde até poderá ter havido a industrialização nos anos 60, não entramos na guerra e conseguimos acumular riquezas consideráveis, mas não havia liberdade e que pouco ou nada se fez de concreto contra isso, a não ser a inércia de apoiar um golpe de estado, também o sabíamos.
Hoje tivemos a leitura da sentença de um caso que atenta contra a liberdade de imprensa e liberdade de informação e, mais uma vez, fica provado que isso são coisas de menos importância.
Certamente há quem considere que liberdade e informação não colocam fartura na mesa e não vale a pena lutar por algo tão natural como respirar, comer ou beber.
Ricardo Rodrigues foi condenado a pagar 4.950 € de multa no caso dos gravadores roubados na Assembleia da República aos jornalistas da Sábado.
Barato. Certamente mais barato do que a consequência que teriam as respostas às perguntas que foram feitas e que tanto incomodaram o deputado socialista.
Além de ser barato cometer um crime que lesa 10.000.000 milhões de portugueses ( todos têm o direito a serem informados), há coisas conclusões tomadas que, a meu ver, não têm lógica.
A acreditar na notícia do Económico, " O tribunal considerou que o arguido actuou "de forma irreflectida" quando se apoderou dos gravadores." e, mais à frente " O deputado socialista, que é advogado de profissão, disse que se apoderou dos gravadores para ter uma "prova" sólida para apresentar ao juiz que viesse a decidir a providência cautelar, que intentou dias depois, sobre a publicação da entrevista, que temia que viesse a ser "deturpada".".
Então o roubo foi de forma irreflectida ou de forma premeditada?!
Será que ninguém se preocupa com isso?
Que vivemos 48 anos debaixo de uma ditadura onde até poderá ter havido a industrialização nos anos 60, não entramos na guerra e conseguimos acumular riquezas consideráveis, mas não havia liberdade e que pouco ou nada se fez de concreto contra isso, a não ser a inércia de apoiar um golpe de estado, também o sabíamos.
Hoje tivemos a leitura da sentença de um caso que atenta contra a liberdade de imprensa e liberdade de informação e, mais uma vez, fica provado que isso são coisas de menos importância.
Certamente há quem considere que liberdade e informação não colocam fartura na mesa e não vale a pena lutar por algo tão natural como respirar, comer ou beber.
Ricardo Rodrigues foi condenado a pagar 4.950 € de multa no caso dos gravadores roubados na Assembleia da República aos jornalistas da Sábado.
Barato. Certamente mais barato do que a consequência que teriam as respostas às perguntas que foram feitas e que tanto incomodaram o deputado socialista.
Além de ser barato cometer um crime que lesa 10.000.000 milhões de portugueses ( todos têm o direito a serem informados), há coisas conclusões tomadas que, a meu ver, não têm lógica.
A acreditar na notícia do Económico, " O tribunal considerou que o arguido actuou "de forma irreflectida" quando se apoderou dos gravadores." e, mais à frente " O deputado socialista, que é advogado de profissão, disse que se apoderou dos gravadores para ter uma "prova" sólida para apresentar ao juiz que viesse a decidir a providência cautelar, que intentou dias depois, sobre a publicação da entrevista, que temia que viesse a ser "deturpada".".
Então o roubo foi de forma irreflectida ou de forma premeditada?!
Será que ninguém se preocupa com isso?
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Ricardo Rodrigues
sexta-feira, 15 de junho de 2012
PCP faz rasteira ao Bloco
Sem nenhuma consequência governativa, o PCP anuncia uma moção de censura ao Governo, apenas e só para mostrar ao eleitorado de extrema esquerda que, neste momento, é mais radical/ preocupado que o Bloco.
Não penso que seja mal feito, só gostava que neste momento o PCP ( ou outro partido que apresente uma moção de censura) apresentasse um plano para governar Portugal, caso a moção seja aprovada e que leve à queda do actual Governo.
Não penso que seja mal feito, só gostava que neste momento o PCP ( ou outro partido que apresente uma moção de censura) apresentasse um plano para governar Portugal, caso a moção seja aprovada e que leve à queda do actual Governo.
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segunda-feira, 11 de junho de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
A política e a televisão
Hoje em dia a política europeia está tão no centro da vida
das pessoas que a SIC abre o seu telejornal com a notícia da viagem de Hollande
à Alemanha. Muito bem!
Fiquei a saber que o Presidente Francês teve que trocar de
avião porque o seu tinha sido atingido por um raio ainda na pista; um dado
extremamente correcto mas completamente inútil!
sexta-feira, 11 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
Entre Hollande e Sarkozy
Entre Hollande e Sarkozy, entre um socialista centrado no estado e
um pequeno Napoleão, o diabo escolheu.
Agora é ver a velha guarda socialista portuguesa como Soares e
Alegre, que por falta de conhecimento histórico ou envolvidos num espírito pós-moderno
e pós-realista em que era “chic a valer!” saber falar francês e conhecer na
ponta da língua as ruas da capital francesa, colocarem novamente Paris como
centro do mundo e vangloriarem-se pela vitória de um compagnie de
route.
A
dúvida é se Hollande tem força suficiente para abraçar Merkel e ser ele a
conduzir a dança. Penso que não, a mulher é de leste e está habituada a cerveja
e salsichas, algo forte de mais para a nouvelle cuisine!
A mim
só me recorda este excerto de filme, genial do meu ponto de vista, em que os
franceses são colocados no seu devido lugar ( histórico).
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segunda-feira, 7 de maio de 2012
O diabo
" Venho
o diabo e escolha" entre Hollande e
Sarkozy.
Então não é que o mafarrico escolheu Hollande?!
E agora Europa, o que vai ser de nós?
domingo, 6 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
" O país tem 15% (?) de desempregados. Está sob tutela externa. Não tem dinheiro
para mandar cantar um cego. Está a fazer cortes brutais em áreas sociais, como
Educação e Saúde. Está a ver se sai da recessão. É este país, cercado de
problemas, que perde um dia inteiro a discutir a promoção do Pingo
Doce. Até na Assembleia da
República...
Faz sentido? A resposta desdobra-se em dois planos: o do consumidor e o da classe política. Primeiro o consumidor. Faz sentido criticar quem foi às compras? Não. O consumidor é racional e uma promoção de 50% (que devia ter sido preparada com mais cuidado, é verdade) faz diferença. Não perceber isso é ignorância.
Agora a classe política. A Jerónimo Martins violou a lei? Só se tiver feito “dumping”. E enquanto as autoridades (Autoridade da Concorrência, ASAE, tribunais) não se pronunciarem sobre isso, o assunto aconselha prudência. Foi o que fez a classe política? Não. Primeiro alguns deputados meteram os pés pelas mãos, tentando crucificar a Jerónimo Martins (ai os recalcamentos…!). Depois acabaram a afirmar que houve dumping, “substituindo-se” às autoridades. Pergunta: e se as autoridades concluírem que não houve dumping? Voilà: não acontece nada aos deputados. Têm imunidade…
Mas voltemos ao essencial: como é que uma promoção se transformou no principal assunto de discussão política? Não há assuntos mais importantes para tratar? Claro que há. Mas a matéria prestava-se ao folclore: dos sindicatos e da classe política, sobretudo da que está mais à Esquerda. A “jornada de luta” do 1º de Maio foi uma desilusão tão grande (obnubilada por uma simples campanha comercial), que era preciso esconder o fracasso a todo o custo."
Camilo Lourenço
Faz sentido? A resposta desdobra-se em dois planos: o do consumidor e o da classe política. Primeiro o consumidor. Faz sentido criticar quem foi às compras? Não. O consumidor é racional e uma promoção de 50% (que devia ter sido preparada com mais cuidado, é verdade) faz diferença. Não perceber isso é ignorância.
Agora a classe política. A Jerónimo Martins violou a lei? Só se tiver feito “dumping”. E enquanto as autoridades (Autoridade da Concorrência, ASAE, tribunais) não se pronunciarem sobre isso, o assunto aconselha prudência. Foi o que fez a classe política? Não. Primeiro alguns deputados meteram os pés pelas mãos, tentando crucificar a Jerónimo Martins (ai os recalcamentos…!). Depois acabaram a afirmar que houve dumping, “substituindo-se” às autoridades. Pergunta: e se as autoridades concluírem que não houve dumping? Voilà: não acontece nada aos deputados. Têm imunidade…
Mas voltemos ao essencial: como é que uma promoção se transformou no principal assunto de discussão política? Não há assuntos mais importantes para tratar? Claro que há. Mas a matéria prestava-se ao folclore: dos sindicatos e da classe política, sobretudo da que está mais à Esquerda. A “jornada de luta” do 1º de Maio foi uma desilusão tão grande (obnubilada por uma simples campanha comercial), que era preciso esconder o fracasso a todo o custo."
Camilo Lourenço
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quarta-feira, 2 de maio de 2012
Dualidade
Não gosto de pessoas que se armam em fortes com os fracos e são
fracos com os poderosos. Demonstra uma dualidade de critérios, uma distinção
entre cidadãos de primeira e de segunda e, até, falta de carácter.
Na corrupção isto é normal: procura-se e criminaliza-se a pequena
fuga aos impostos dos cafés e restaurantes, das tabacarias e vendas de jornais,
de pequenas fábricas quase artesanais mas não se preocupam com as grandes negociatas.
Aí até se dá o caso da inveja dar lugar à punição.
Também é normal assistir-se a este tipo de comportamento no mundo
dos negócios, esquecendo-se “os grandes” que têm a obrigação moral e social de
olharem para “os pequenos” para que um dia eles também possam crescer,
alimentando a economia. Em vez disso, vê-se “um grande” a tentar dizimar o
pequeno sem que isso represente grande ganho para si mas apenas pelo prazer de
dizer que é forte, que é ele que manda.
Nas manifestações desportivas também se passa a mesma coisa.
Porquê uma equipa como o Benfica, estando a ganhar 7-0 ao Cascalheira de Baixo
vai meter mais dois avançados ao intervalo do jogo?! Para dizimar o adversário?!
O importante seria ganhar por um ou dois ao Porto. É necessário ter respeito
pelas pessoas.
Por falar em manifestações desportivas, é tradição associarem-se
os Jogos Olímpicos e demais competições a nível mundial a jogos de paz e pela
paz, fomentando o encontro de civilizações através do desporto. E se isso for
verdade é natural e salutar que os jogos a nível internacional se realizem em
países que cumpram a Carta dos Direitos Humanos.
Ontem Durão Barroso e Angela Merkel anunciaram que não iriam
assistir aos jogos de futebol na Ucrânia.
A pergunta que deixo é simples: onde estavam eles em 2008, aquando
dos Jogos de Pequim? Onde estão eles quando se realizam GP em alguns países
árabes ou manifestações desportivas de
grande envergadura em alguns países africanos?!
Penso que é muito correcto não irem à Ucrânia porque lá não se
cumprem os Direitos Humanos e a prisão de Yulia
Timoschenko indica isso mesmo. Mas, o que acontece aos opositores do
governo chinês, de alguns países árabes, de alguns países africanos e de alguns
países da América do Sul?!
Especulando, penso que o problema aqui não é tanto “Direitos
Humanos” mas é mais “gás natural” como noutros países é “petróleo”: se eles
existem, cumprem-se os Direitos Humanos, se não existem, não cumpre os Direitos
Humanos.
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