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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Memórias de Orwell

"Novo Banco" - o nome, o conceito ainda não sei - faz-me lembrar, invariavelmente, Orwell ou Moore.
Tenho medo de pensar que, por desculpa do descalabro financeiro e económico de Portugal e dos Povos do Sul,  alguém pense uma entidade superiora para nos gerir politicamente.
Os neo-liberais com fundamentos Marxistas, como Maçães ou Maduro, já terão tido essa ideia?!
(ou é um filme que já aconteceu!)

domingo, 14 de abril de 2013

A quadrilha dos aparelhos partidários

"O aparelho do PSD não gostou da nomeação de Miguel Poiares Maduro. Não lhe interessa as competências do novo ministro, nem nada que tenha a ver com o conhecimento dos dossiês ou a dedicação ao país. Apenas se preocupa com este ponto: o novo ministro não percebe nada de PSD e vai ter o dinheiro do QREN que vem da Europa.
O aparelho criticou ainda a nomeação de um secretário de Estado (António Leitão Amaro) que, sendo do PSD, não é da linha de Passos Coelho, uma vez que apoiou Paulo Rangel. Ou seja, nem o ministro nem o secretário de Estado conhecem suficientemente as subtilezas do apoio que necessita o presidente da Junta X, que traz 12 votos e meio para o Congresso, e também se torna decisivo para a eleição do presidente da Distrital Y, o qual tem sólidas esperanças de ser nomeado presidente de um Instituto, onde terá a oportunidade de trocar os favores de um QREN por uma coisa qualquer. (Isto também explica a quase unanimidade do nostálgico voto de louvor a esse grande Relvas, que nunca hesitou em pôr o partido à frente dos interesses do país).
Outro aparelho, o do PS, reelegeu António José Seguro líder do partido, ao que parece com mais de 95% dos votos. Como se vê, é falsa a existência de quaisquer divisões dentro do PS, ou nada representam aqueles que passam a vida a dizer mal do secretário-geral socialista.
Em cada eleitorado aparelhístico há uma pequena Coreia do Norte que ama o seu grande líder.
Esta gente, estas autênticas quadrilhas têm um papel mais pernicioso na política atual que a corte tinha nas monarquias absolutas. Um desafio importante é saber como nos podemos livrar desta canga."


Henrique Monteiro in Expresso

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Miguel Poiares Maduro

Sobre o indigitado ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, deixo aqui as palavras que proferi sobre ele, aquando a celebração dos 40 anos do Expresso.

domingo, 13 de janeiro de 2013

A mercearia


Poucos dias depois do Expresso comemorar os 40 anos sobre o lançamento da primeira edição – comemoração essa que teve, e vai ter, vários momentos-chave mas que, no meu entender, a mais marcante é o próprio jornal e os seus conteúdos -, Francisco Pinto Balsemão, na Grande Conferência Portugal no Mundo, no discurso de abertura, afirma que um jornal não deve ser poder nem contra-poder; deverão os leitores tirarem as suas próprias conclusões pela análise das notícias.
“Bullshit”, dirão alguns.
No entanto, depois de Balsemão ter discursado, fê-lo Durão Barroso, terminando com Cavaco Silva e, no meio de tudo isto, existiram debates onde participaram Mário Soares, Felipe Gonzalez, José Ramos-Horta, Joaquim Chissano, Celso Lafer, António Damásio, Miguel Poiares Maduro e Henrique de Castro. Na plateia estavam embaixadores, ministros, ex-Primeiro Ministro e ex-ministros, ex-candidatos a Presidente da Republica, deputados, banqueiros e pessoas que amam a liberdade, empresários, donos de Fundações.
Ou seja, se a comunicação social – aqui representada pelo Expresso – não for poder nem contra-poder, conseguindo juntar tantas e tamanhas personalidades, poder-se-á dizer que é, tão e só uma ferramenta através da qual todos poderão extrair as qualidades e defeitos do mundo, opinando e agindo sobre eles.
Com este princípio de pluralidade o Expresso sobreviveu 40 anos, esperando eu, que sobreviva pelo menos mais 40. Com este princípio de pluralidade, da direita à esquerda portuguesa, todos puderam/ podem escrever no Expresso e nenhum se pode gabar de ter tido o Sábado descansado.
Posto isto, pegando neste princípio de pluralidade, muito me enobrece o convite feito para estar neste grupo de comentadores da política do Aveiro-norte, que ganhou corpo neste novo meio chamado Política Queira Mais.
Prometo dar a minha opinião sobre factos, prometo fazê-lo enquanto me quiserem ler e, também, enquanto me der gozo. Não prometo ser imparcial: isso é dever dos jornalistas e eu, não o sou.
Até breve,

João Rebelo Martins

*A mercearia é um local onde se encontram produtos frescos como alface, tomate, peixe de mar e sal e coentros para o temperar. Também poderemos encontrar enlatados; ou carne seca e fumada. Há uma secção de guloseimas – casca de laranja com chocolate – e outra só com brinquedos para os miúdos. Na mercearia também é habitual os fregueses conviverem e falarem da vida.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O mundo de Baptista da Silva

Estive presente na Grande Conferência do Mundo Português, evento que integrou as comemorações dos 40 anos do Expresso: sentiu-se cultura, erudição e, sobretudo, liberdade.
António Damásio foi, como não poderia deixar de ser, brilhante. Celso Lafer salvou o seu painel de debate. Henrique Castro foi a voz da nova comunicação, do Web 3.0.  Miguel Poiares Maduro representou a lufada de ar fresco que é necessária.
No entanto, Chissano entediou o tédio; Felipe Gonzalez, à espanhol e à socialista, reafirmou que Espanha era o melhor aluno da Zona Euro antes da crise para, de seguida, culpar os mercados por Espanha estar onde está; Mário Soares foi igual a si próprio: foi incauto, caiu no "porreirismo" ao dizer aquilo que as pessoas queriam ouvir, sem mostrar a responsabilidade que um ex-Presidente e um Conselheiro de Estado deveriam ter.
É neste mundo restrito da elite portuguesa onde os portugueses ( e a própria elite) depositam a sua pouca esperança, em crise democrática, espremidos pela Troika, por Gaspar e pela ânsia de empobrecer os portugueses.
Mas o que trás esta elite senão "mais do mesmo"?
É aqui que aparece Baptista da Silva, ou Mr. Chance: alguém novo, bem falante, com ideias que parecem audazes e que cativam ao ouvido.
Tudo era falso? A personagem sim...
O meu receio é que apareçam novos Baptistas da Silva, daqueles que não são apenas charlatões; e a história está cheia deles.
As pessoas querem ouvir uma voz de esperança... venha ela de onde vier. Foi isso que aconteceu na Russia em 1917, Itália em 1922, Portugal em 1926, Alemanha em 1933, Espanha em 1939, Brasil em 1964, Grécia 1967 - apenas para falar dos mais próximos de nós -, por meio eleitoral ou revolucionário, trazendo desgraça e miséria ao povo.
Desses eu tenho receio. Do nosso charlatão, apenas uma risada e entretenimento.