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domingo, 17 de agosto de 2014

Um exercício em hora de despedida

Como despedida - este blog e o seu propósito terminaram há bastante tempo atrás - deixo-vos um pequeno exercício: preencham os espaços entre (...) com os nomes ou associações que vos apetecer. É-vos familiar?!

" - (...) - disse-, espero bem que todos os (...) desta (...) dêem o devido valor ao sacrifício que o (...) faz ao arcar com este trabalho adicional. Não pensem, (...), que a liderança é um prazer! Pelo contrário, é uma enorme responsabilidade, bem pesada. Ninguém acredita mais convictamente do que o (...) na igualdade entre todos (...). Ele teria todo o gosto em deixar-vos tomar as vossas decisões sozinhos. Mas correríamos o risco de vocês tomarem decisões erradas, (...), e depois, o que seria de nós? Imaginemos que vocês tinham decidido ir atrás das ideias de (...), com as suas fantasias sobre (...)... (...) esse que, como agora bem sabemos, não passava de um criminoso...
- Ele combateu com bravura na (...) - interveio alguém.
- A bravura não chega - disse (...). - A lealdade e a obediência são mais importantes. E quanto à (...), parece-me que ainda havemos de descobrir que o papel de (...) nesse combate  foi alvo de grandes exageros. Disciplina, (...), disciplina de ferro! Eis a nossa divisa nos tempos que correm. Bastará um passo em falso e os nossos inimigos cairão sobre nós sem dó nem piedade. De certeza, (...), que nenhum de vocês quer ver o (...) de regresso, pois não?!"*


* Extraído de " A quinta dos animais", George Orwell, tradução de Paulo Faria para a Antígona, 2ª edição, Maio de 2013

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Memórias de Orwell

"Novo Banco" - o nome, o conceito ainda não sei - faz-me lembrar, invariavelmente, Orwell ou Moore.
Tenho medo de pensar que, por desculpa do descalabro financeiro e económico de Portugal e dos Povos do Sul,  alguém pense uma entidade superiora para nos gerir politicamente.
Os neo-liberais com fundamentos Marxistas, como Maçães ou Maduro, já terão tido essa ideia?!
(ou é um filme que já aconteceu!)

domingo, 24 de novembro de 2013

Leitura obrigatória


Foi um livro escrito numa lógica de prevenção sobre o que poderia vir do mundo vivido desde 1917 até 1939.
Deixou de ser uma prevenção e passou para o campo da ficção.
Infelizmente os tempos preventivos voltaram.
Urge a necessidade de se ler Orwell.

quarta-feira, 27 de março de 2013

O espião reintegrado e o triunfo dos porcos

" Há coisas que me têm de explicar muito devagarinho, a ver se eu entendo. Parece que há uma lei de 2007 (de Sócrates, o magnífico) que diz que um espião com mais de seis anos de casa tem emprego assegurado o resto da vida. Faça o que fizer? Perguntar-se-á - parece que sim.
Em função dessa lei, o espião Jorge Silva Carvalho foi agora reintegrado na presidência do Conselho de Ministros, com direito a assinatura de Passos Coelho e Vítor Gaspar e com o salário base que auferia quando era diretor do SIS. Para fazer o quê? Ah! Bom isso não sabemos, porque ainda ninguém sabe o que pode lá fazer o espião (embora ideias não me faltem).
Pronto a notícia está arrumada. A Lei é lei que se há de fazer? Etc. e tal.
Mas espera aí! Não foi este Governo que anunciou que vão uma série de funcionários para a rua?
Mas espera aí: Não é este o funcionário exemplar que está acusado de abuso de poder, violação de segredo de Estado e acesso indevido a dados pessoais? O tal que espiou um jornalista, deu informações privilegiadas a uma empresa e chegou a mandar espiar a ex-mulher de um amigo?
Mas espera aí! Não foi este mesmo Jorge Silva Carvalho que se demitiu das secretas em Novembro de 2010, nas vésperas de uma cimeira da NATO em Portugal, por discordar do corte de verbas?
Mas espera aí! Não foi este o espião que depois arranjou emprego no Conselho de Administração de uma, então prospérrima empresa privada que ia comprar meio mundo (e ao serviço da qual, suspeita-se, colocou os seus dotes de espião)?
Não deve ser. Deve ser outro Jorge Silva Carvalho. Porque se fosse o mesmo - e estando o Governo a meter funcionários na rua - começaria por este. Que já se demitiu! Que quis mudar de vida. Que passou do Estado para a privada por vontade própria! Que é arguido por ter prejudicado o próprio Estado.
Deve ser outro, porque o Governo não é assim tão escrupuloso na lei, quando se trata de pensionistas, reformados, assalariados, desempregados, pessoas - digamos - normais.
Deve ser outro, porque este era amigo do dr. Relvas e o dr. Passos Coelho, como se sabe, não beneficia os amigos nem os amigos dos amigos, nem sequer os amigos dos amigos dos amigos.
Mas nem vale a pena fazer comentários. George Orwell, no seu magnífico livro 'O Triunfo dos Porcos' (em inglês Animal's Farm) escreve a célebre frase: "Todos somos iguais, mas alguns são mais iguais do que outros". Parece que os porcos não triunfaram só na quinta imaginada por Orwell.

Henrique Monteiro in Expresso