Mostrar mensagens com a etiqueta referendo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta referendo. Mostrar todas as mensagens

domingo, 11 de dezembro de 2011

" O veto da Inglaterra na última cimeira foi invariavelmente explicado pelo interesse (ou interesses) nacionais que ela queria proteger, e antes de mais nada a primazia da City como praça financeira. Este preconceito tem tradições. Já Napoleão dizia que a Inglaterra era um país de merceeiros. Não ocorreu a ninguém que as razões fossem outras. Mas basta conhecer o sítio e um pouco da velha história dela para se perceber que a Inglaterra nunca engoliria o plano de Merkel, porque ele na essência limita os poderes do Parlamento, que são a origem e o fundamento da legitimidade e do Estado. Um Parlamento que aceitasse a tutoria orçamental da burocracia de Bruxelas, que ninguém elegeu e não precisa de responder perante ninguém, deixava de ser o Parlamento e a Inglaterra deixava de ser a Inglaterra."

Vasco Pulido Valente in Público

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E já agora...



Espanta-me apontarem o dedo aos ingleses por terem "interesses mesquinhos", como a sua soberania, e não apontarem o dedo aos outros, aos que nos querem controlar.
Parece que vivemos numa época "dos bons e dos maus" e, caso continuemos por este caminho, vamos ficar do lado dos maus, do lado dos que querem controlar pela economia e esquecem a política, esquecem o povo, esquecem quem os elegeu.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Referendo à nova Europa

" O conceito de raça ariana teve seu auge do século XIX até a primeira metade do século XX, uma noção inspirada pela descoberta da família de línguas indo-europeias.
Alguns etnólogos do século XIX propuseram que todos os povos europeus de etnia branca-caucasiana eram descendentes do antigo povo ariano.
Correntes europeias, de carácter nacionalista da época, abraçaram essa tese. Esta, foi, talvez, tratada com maior ênfase pelo Partido Nacional Socialista da Alemanha. Estes, associaram o conceito de identidade nacional à raça ariana do povo germânico, através do princípio da unidade étnica, com a finalidade de elevar o moral e orgulho nacionais do povo alemão, destroçados pela derrota na Primeira Guerra Mundial e das condições consideradas humilhantes da rendição, impostas pelo Tratado de Versalhes."
Foi neste ambiente hostil que se desenvolveu a Social Democracia, a fim de reconhecer cada indivíduo como único perante o estado, independentemente da sua raça ou credo, das suas opções políticas, económicas e sociais. Se não fosse um criminoso, o Estado deveria olhar para todos de igual de forma.
Nestes idos anos do século XX, as pessoas afectas ao Partido Nacional Socialista costumavam pintar nas paredes uma cruz gamada, como força da sua raça.
Ao invés disso, os sociais-democratas pintavam três setas que "exprimiam muito bem a aliança entre as organizações dos trabalhadores reunidas na Frente de Bronze, a grande organização de luta anti-nazi criada pelo Partido Social-Democrata Alemão: o próprio Partido (SPD); os sindicatos; e a organização "Bandeira do Reich” com as organizações desportivas de trabalhadores.".
São essas setas que estão presentes na nossa bandeira:



Hoje em dia há novamente um conjunto de povos que quer mandar nos outros. Não pela força, não pelo belicismo mas pela economia e o controlo das finanças públicas.
O que Merkel e Sarkozy nos vão propor é mau.
O plano da Troika é austero mas, contudo, necessário.
O que nos propõe o novo eixo Berlin-Vichy é uma institucionalização dos governos dos países pobres por parte de uma qualquer comissão que irá ser criada. É o adeus definitivo à nossa soberania.
Em 2000, quando se dá fim ao processo de aquisição da Rolls Royce pela BMW e da Bentley pela VW, os ingleses, entristecidos, diziam que os motores Rolls Royce que equipavam os aviões da RAF e que os salvaram na Segunda Grande Guerra, tinham caído nas mãos do inimigo. Não pela força, não pela perícia dos pilotos alemães mas pela engenharia financeira.
O que se passa aqui é algo idêntico mas com a grande diferença de não se trataram de marcas de luxo e de saudade mas de milhões de pessoas e de séculos de história.
Por isso, como social-democrata, como crente naquela bandeira que simboliza a luta contra o Nacional Socialismo, como amante da liberdade, com o amor que tenho ao meu país, apelo a todos os meus colegas sociais-democratas que exijam um referendo a este novo Tratado que irá surgir.
Se quiser-mos continuar a ser Portugal e não um aglomerado de estados do sul, não podemos concordar com aquilo que nos vão propor.